Os níveis de confiança económica dos consumidores atingiram mínimos históricos, revelam números do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apresenta dados de janeiro. As medidas de austeridade, as previsões de queda na economia e o crescente desemprego contribuem para uma quebra neste clima.
Os consumidores portugueses estão mais pessimistas do que nunca, segundo dados do INE, que apresenta o índice de confiança no nível mais baixo de sempre. O indicador de clima económico desceu para -4,7 pontos, enquanto o relativo à confiança dos consumidores caiu para 57,1 pontos negativos.
O cenário de retração económica, o agravamento das dificuldades com aumento de preços de serviços essenciais e o aumento do desemprego contribuem de forma decisiva para este sentimento. Os setores da indústria, serviços e construção quebram, enquanto o comércio assinala um aumento pouco significativo.
Desde 2009 que este indicador tem apresentado uma quebra, com descidas sucessivas, que em janeiro regrediram novamente, ainda que de forma muito ligeira. As famílias estão com receios, insegurança que se repercute nas perspetivas de consumo para os próximos tempos.
O desemprego é fator determinante nesta realidade. Os consumidores estão extremamente pessimistas na recuperação da economia e não acreditam na criação de novos empregos, segundo este índice do INE divulgado agora em janeiro.
Numa previsão relativamente à situação do agregado familiar, além da situação do país, os consumidores portugueses apresentam pouco otimismo, ainda que esse sentimento tenha sidio atenuado no mês de janeiro, indica o INE.
