Cumprida parte da pena, Conrad Murray, médico de Michael Jackson, foi libertado. Condenado por homicídio involuntário da estrela pop, o cardiologista de 60 anos beneficiou da sobrelotação das prisões norte-americanas e do bom comportamento verificado no período da sua reclusão.
Conrad Murray recuperou a liberdade, depois de inúmeros recursos e após cumprir metade da pena a que fora condenado, a 2011: quatro anos de prisão. O cardiologista já foi libertado, beneficiando do bom comportamento, nestes dois anos, e também do facto das prisões norte-americanas estarem sobrelotadas.
Recorde-se que Conrad Murray foi considerado culpado do crime de homicídio involuntário de Michael Jackson, em 2011. Cumpria pena em Los Angeles, na Prisão Central Masculina, mas tentou, por diversas vezes, recorrer a instâncias de justiça, para que fosse libertado.
Murray foi considerado culpado pelo juiz da morte da estrela da pop, ao ministrar de forma reiterada um medicamento que esteve na origem dessa fatalidade.
Durante o julgamento, o médico-legista autor da autópsia, Christopher Rogers, que testemunhou no julgamento, defendeu que Michael Jackson, nas circunstâncias em que Murray relatara, não conseguiria injetar-se.
Rogers sustentou que a razão da morte seria uma dosagem mal calculada do propofol, ministrada de forma intravenosa pelo médico de Jackson, para combater uma insónia.
Conquistada a liberdade, o cardiologista tem agora outra batalha pela frente: recuperar a licença para exercer medicina, licença essa que lhe foi retirada. Murray tenta também retirar a credibilidade perdida com o mediático julgamento que o conduziu à prisão.
Segundo o juiz do tribunal, recorde-se, a “conduta irrefletida” do médico “colocou em risco a segurança das pessoas”, o que levou a que Murray permanecesse em prisão preventiva, sem possibilidade de fiança, antes de ser condenado.