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Comissão dos incêndios “é corporativa e sectária”, acusa Liga dos Bombeiros

A comissão técnica independente (CTI) sobre os incêndios é agora criticada publicamente pela Liga dos Bombeiros. Jaime Marta Soares dá razão às queixas da Proteção Civil e critica o “corporativismo” latente no relatório da CTI.

As críticas do responsável da Liga dos Bombeiros Portugueses foram feitas já na madrugada de hoje, à saída da reunião com o novo ministro da Administração Interna.

“A Proteção Civil tem que fazer a sua ‘mea culpa’, sabe que não funcionou bem, mas em relação às queixas que tem face a essa dita comissão independente tem toda a razão”, afirmou Jaime Marta Soares.

“Nós próprios solicitámos à Assembleia da República que participássemos nesse relatório e, como não nos deram essa possibilidade, mandámos um documento com 28 capítulos e 150 perguntas, às quais não obtivemos resposta”, frisou o responsável, insistindo que “há efetivamente muita resposta que nos têm que dar”.

“Para nós, é uma comissão corporativa, sectária e que não fez um bom diagnóstico”, concluiu o responsável dos bombeiros: “Quando não se faz um bom diagnóstico não se podem fazer boas propostas de tratamento”.

As críticas à CTI não são, porém, um sinal das boas relações entre os bombeiros e a Autoridade Nacional da Proteção Civil. Bem pelo contrário, como demonstrou Jaime Marta Soares.

“A Proteção Civil não soube em nenhum momento gerir o grande capital que tem”, nomeadamente as corporações de bombeiros: “Deviam coordenar e não comandar. Têm é que aprender com os bombeiros e não ensinar”.

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