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15 de outubro, o pior dia de incêndios do ano de 2017

A 15 de outubro, Portugal ardeu como nunca. Foram registadas 523 ocorrências, dezenas das quais se transformaram em incêndios de grandes dimensões. O dia terminou com seis vítimas mortais, mas o saldo passaria dos 30 em poucos dias.

Desde as primeiras horas que o domingo de 15 de outubro foi “o pior dia de incêndios do ano” de 2017. As atualizações sucediam-se e cada uma agravava ainda mais o balanço. Onze mortos. Dezasseis. Vinte mortos, ainda não tinham passado 24 horas.

As autoridades desculpavam-se na medida do possível. “O que está a falhar e o que falhou foi o número de ocorrências diárias que não são aceitáveis e não se registam em quase nenhum país do mundo”, disse a Proteção Civil. Foram 523 ocorrências, em apenas 24 horas.

Mais de 6000 bombeiros responderam no terreno. Não eram os suficientes. “Faltam meios”, gritava-se um pouco por todo o lado.

Em todo o Portugal a norte do rio Tejo foi declarado o estado de calamidade. “Tudo terá de ser analisado”, exigiu o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

15 de outubro é também o dia de recordar Agustina-Bessa Luís, uma das escritoras portuguesas mais consagradas, com uma carreira notável, inspirada pelo romantismo de Camilo Castelo Branco. Nascida a 15 de outubro de 1922, assinou mais de 50 obras, desde romances, contos, peças de teatro, crónicas de viagem, livros infantis e biografias.

A autora conjugou a atividade literária com diversas outras funções, ligadas à sociedade e às artes. Foi diretora do diário portuense O Primeiro de Janeiro e entre 1990 e 1993 diretora do Teatro Nacional de D. Maria II, em Lisboa.

Agustina-Bessa Luís foi distinguida com a Ordem de Sant’Iago da Espada (1980), a Medalha de Honra da Cidade do Porto (1988) e o grau de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres atribuído pelo governo francês (1989). Com 81 anos, conquistou, em 2004, o prestigiado Prémio Camões, por “traduzir a criação de um universo romanesco de riqueza incomparável que é servido pelas suas excecionais qualidades de prosadora.

Nasceram a 15 de outubro Friedrich Nietzsche, filósofo alemão (1844), Agustina Bessa-Luís, escritora portuguesa (1922), Peter C. Doherty, professor australiano (1940), Richard Carpenter, cantor e compositor norte-americano (1946), Chris de Burgh, cantor e compositor irlandês (1948), e Larry Miller, ator norte-americano (1953).

Morreram neste dia António da Encarnação, cronista, teólogo, historiógrafo e deputado da Inquisição de Évora (1665), Claude Bourdelin, químico e farmacêutico francês (1699), Mata Hari, executada por espionagem (1917), e Konrad Emil Bloch, bioquímico alemão (2000).

Hoje, assinala-se ainda o Dia Mundial da Lavagem das Mãos.

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