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Coligação PSD/CDS, segundo Rui Rio, “faz todo o sentido”

Para Rui Rio, “faz todo o sentido” que os dois partidos que sustentam o atual Governo, PSD e CDS-PP, renovem a coligação para disputar as eleições legislativas. Na festa de aniversário dos ‘laranjas’, o ex-autarca do Porto não lamentou o dia em votou contra a regionalização.

O ainda não candidato às eleições presidenciais Rui Rio continua a ‘marcar presença’ na agenda política, surgindo hoje a comentar o anúncio da coligação PSD/CDS-PP.

Segundo o antigo autarca da Câmara do Porto, “faz todo o sentido” que os partidos que suportam o atual Governo se unam para disputar as próximas eleições legislativas.

“Acho que faz todo o sentido os dois partidos irem coligados, na exata medida em que fizeram esta governação de quatro anos e, para lhe dar continuidade, naturalmente que têm de ir os dois”, afirmou Rui Rio.

“Não seria lógico se não a fizessem”, insistiu o quase candidato presidencial, ontem à noite, em Gaia, quando falava com os jornalistas à margem da sessão comemorativa do 41.º aniversário do PSD.

Segundo Rio, é “mais coerente” a coligação ser anunciada e preparada antes das legislativas, tanto mais que apresenta “algumas vantagens” face à apresentação de cada um dos partidos.

“Poderei ser suspeito”, alertou, “porque governei durante 12 anos a Câmara do Porto coligado com o CDS-PP”.

Na mesma conversa, o antigo vice-presidente do PSD lembrou o momento em que votou contra a regionalização. Sem lamentar essa decisão, defendeu que é altura para a matéria voltar a ser “estudada” pelo poder político.

“Passaram-se muitos anos, Portugal centralizou-se ainda mais, tive 12 anos à frente de uma câmara e percebi como a administração central funciona mal, como funciona pior do que a administração local”, justificou-se.

Esse centralismo será apenas um dos factores que têm levado Rui Rio a defender a reforma do sistema político, tanto mais que os regimes vão sendo “desgastados” pelo decorrer do tempo.

Também a justiça foi analisada pelo antigo autarca, na mesma conversa com os jornalistas: “Temos de separar o que é da justiça do que é a política, porque temos assistido a um cruzamento que não é saudável num sistema democrático”.

Rui Rio não podia fugir à pergunta que se impunha, embora a tenha contornado com uma resposta que nada esclarece: vai ser candidato a Belém?

“Não é tabu nenhum”, respondeu, “apenas não posso estar todos os dias a falar no mesmo”.

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