Eduardo Catroga é a mais recente figura do PSD a criticar a “visão mecanicista para a saída da crise” que o Governo seguiu, alertando que a situação “é diferente” e exige “políticas de relançamento do crescimento”. Porém, alerta: “não temos margem para políticas orçamentais expansionistas”.
São cada vez mais as figuras históricas que, dentro do próprio PSD, expressam o descontentamento face ao rumo seguido pelo Governo chefiado por Pedro Passos Coelho. Hoje, cabe a Eduardo Catroga, antigo ministro das Finanças, criticar a “visão mecanicista” em que se insistiu e que continua sem dar resultados. “Houve, talvez, o acreditar numa visão mecanicista de saída das crises, como é hábito, mas desta vez é diferente”, justifica o economista, numa entrevista à Lusa.
Eduardo Catroga, o último ministro das Finanças dos Governos de Cavaco Silva, explica esse “mecanicismo” que falhou: depois de um país resolver o problema da credibilidade nas contas públicas e nas contas externas, “há uma retoma da confiança e com essa retoma da confiança os motores do investimento privado nacional e estrangeiro começam a funcionar”.
