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Carne de cavalo: Produtos apreendidos pela ASAE vão ser doados a misericórdias e instituições

lasanhas findusAinda se lembra do escândalo com os produtos alimentares que tinham carne de cavalo? Esses produtos vão ser doados a instituições de solidariedade social e às misericórdias, desde que a ASAE assegure não haver riscos para a saúde. “Não estamos em tempo de perder nada”, explica Manuel Lemos.

As refeições pré-congeladas apreendidas por conterem carne de cavalo vão ser dadas aos pobres. A decisão é do Ministério Público e baseia-se na garantia, a confirmar pela ASAE, de que esses produtos não contêm riscos para a saúde, revelou ontem a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os produtos haviam sido apreendidos em fevereiro e logo na altura houve contactos para saber se, no caso de não apresentarem riscos, haveria interessados em recebê-los. “Foi um contacto informal, mas a União das Misericórdias fez saber que se fizessem um contacto formal respondia positivamente, porque não estamos em tempo de perder nada”, confirmou o presidente Manuel Lemos, citado pela Lusa.

Além da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), também a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) e o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) foram contactados, segundo apurou a Lusa. As três entidades confirmaram a recetividade, mas não receberam qualquer produto até ao momento.

“Desde que a carne esteja em condições técnicas para ser consumida, faz todo o sentido que seja entregue às instituições”, reforçou Manuel Lemos, lembrando que o agravar da crise tem feito aumentar a dificuldade das famílias e das instituições em aceder aos bens alimentares.

Da parte do BACF, a presidente Isabel Jonet garantiu que “não recebeu nenhuma carne, nem ninguém ofereceu nada”, salientando que a organização vai receber almôndegas do IKEA “que vêm diretamente da Alemanha”.

Ao todo, foram apreendidas 79 toneladas de produtos alimentares, tendo sido instaurados 14 inquéritos por suspeita de presença de proteína de cavalo em produtos de carne bovina expostos para venda. “O destino dos produtos apreendidos não foi uniforme”, revelou a PGR, sustentando essa diferença com o “fundamento do arquivamento do inquérito, dos resultados das perícias efetuadas e da consideração do regime legal”.

No total, os produtos apreendidos foram distribuídos por três destinos, mas a PGR só divulga um: “a entrega a instituições particulares de solidariedade social, nos casos em que os produtos não oferecessem quaisquer riscos para a saúde mas não pudessem ser restituídos, designadamente por incumprimento de regras respeitantes a rotulagem”.

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