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Carlos Santos e o título nacional de Clássicos 1300

Depois de vencer a última prova do Campeonato de Portugal de Velocidade Clássicos 1300 H75 no Autódromo Internacional do Algarve, Carlos Santos sagrou-se Campeão.

Um título que o piloto do Datsun 1200 verde começou a ‘desenhar’ desde os treinos, apesar de nem sempre tudo ter corrido de feição.

“Correu mal, pois tive problemas com o motor, que me impediram de rolar para além da chuva – só tinha pneus ‘slick’ –, o que não veio ajudar em nada”, lembrou Carlos Santos, que nos treinos cronometrados voltou a ter percalços: “Foi uma sessão com piso seco. Os problemas com o motor não foram solucionados. Mesmo assim consegui a 15ª posição da grelha de partida, o que não foi mau atendendo as condições com que me debati”.

Já na corrida o piloto do Datsun verde esteve ao seu melhor nível, procurando aproveitar todas as oportunidades para poder lutar pelo título. “Foi aquilo que chamo de ‘full attack’. Os problemas de motor foram solucionados e foi sempre prego a fundo”, conta.

“Foi uma corrida de trás para a frente, porque tive de ultrapassar carros que não eram da minha classe e não houve facilidades. Mais, corri com pneus usados e nesta pista faz toda a diferença. Aos poucos fui-me aproximando do Luís Alegria, até que o consegui ultrapassar”, prossegue Carlos Santos.

O novo campeão refere que “depois foi gerir a distância” sobre o seu adversário, “estando ele sempre ao alcance” do retrovisor. “Tinha de ficar à frente dele independente da posição. Mas o pleno foi conseguido. Segundo dos 1300 e primeiro do campeonato”. Por isso para a segunda corrida Carlos Santos sabia que Luís Alegria “não ia facilitar”, mas tal como fez toda a época, por não ter meios, andou com sempre com pneus novos.

Realizando um bom arranque Santos conseguiu ficar à frente de Alegria, “mas tal como esperava” o piloto do Porto não lhe facilitou a vida. “Ele passou-me e depois recuperei a posição e voltei a perde-la. Foi uma corrida de paciência, procurando não desgastar muito os pneus e não fazer qualquer tentativa desesperada para não estragar a corrida de ambos. Pressionei muito Luís até que ele fez um pião na reta interior e partir daí seri a corrida conforme quis, poupando o carro”, explicou o novo Campeão.

Carlos Santos diz-se “muito feliz com esta conquista”. Para si “foi uma oportunidade única que não podia desperdiçar. Corro com meios muito limitados, contando todos os tostões”. Por isso agradeça aos amigos que o “apoiaram tecnicamente e aos patrocinadores”, bem como à família.

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