A Racotumomab é a primeira vacina terapêutica contra o cancro do pulmão, que anualmente mata 1,4 milhões de pessoas. O tratamento, desenvolvido por cientistas argentinos e cubanos ao longo de 18 anos, vai ser estreado na Argentina em julho, como anunciou o laboratório Insud.
Ao fim de quase duas décadas de investigação e pesquisa, um consórcio de cientistas argentinos e cubanos desenvolveu a primeira vacina terapêutica contra o cancro do pulmão, um dos mais letais e que, segundo a Organização Mundial de Saúde, mata 1,4 milhões de pessoas por ano.
O feito foi anunciado pelo Insud, um laboratório argentino que integra o consórcio público-privado. Após 18 anos de trabalho, os cientistas desenvolveram uma vacina capaz de promover a destruição do tumor através da activação do sistema imunitário do próprio organismo.
A Racotumomab foi testada em ensaios clínicos controlados, como explica o Insud, citado pela Efe, e triplicou a percentagem de doentes que continuaram vivos dois anos após a toma. Embora seja incapaz de prevenir o aparecimento do tumor, a vacina está indicada para casos de cancro do pulmão avançados ou com metástases em doentes que receberam tratamentos de quimioterapia e radioterapia e se encontram estáveis.