Economia

Mira Amaral: Se Alemanha gosta de Vítor Gaspar, os portugueses “também têm de gostar”

mira amaralEm entrevista ao Económico, Mira Amaral, presidente do BIC, defende que a Alemanha “gosta de Gaspar”, o que obriga os portugueses a nutrirem igual sentimento. “Se a Alemanha gosta de Gaspar, também temos de gostar”, defende, considerando que Merkel é “muito importante” para que Portugal recupere a soberania. Amaral pede a PS e PSD “para terem juízo”.

Uma afirmação polémica do ex-ministro Mira Amaral, em entrevista ao Diário Económico. O presidente do BIC considera que a Alemanha é um parceiro indispensável para Portugal, que deve sujeitar-se ao poderio alemão para recuperar a soberania.

“Se a Alemanha gosta de Vítor Gaspar, nós também temos de gostar”, defendeu Mira Amaral, antigo ministro do Governo de Cavaco Silva, na entrevista àquele diário, publicada na edição desta segunda-feira.

O ex-ministro coloca-se numa posição desalinhada, relativamente aos críticos do Governo e, em especial, do titular da pasta das Finanças, Vítor Gaspar, que é um dos principais rostos da austeridade e da ligação entre Alemanha e Portugal.

O banqueiro faz uma defesa intransigente de Vítor Gaspar, nesta entrevista ao Diário Económico, e considera que estas medidas de apoio ao investimento constituem uma boa notícia. “Felizmente, o ministro das Finanças começa a ter um discurso mais virado para a economia, porque o ministro da Economia, coitado, andava há dois anos a falar sozinho”, salienta o ex-ministro social-democrata.

Mira Amaral entende que a Alemanha e Angela Merkel são parceiros decisivos para que Portugal recupere a sua soberania económica e financeira, numa altura de crise económica grave.

“Se a Alemanha e o ministro das Finanças da Alemanha [Wolfgang Shäuble] gostam muito do nosso ministro Vítor Gaspar, não vale a pena discutir”, salienta Mira Amaral. E assim será “enquanto a Alemanha mandar e o senhor Shäuble lá estiver”.

Igualmente importante, segundo o presidente do BIC, é um entendimento entre PS e PSD, que se colocam num palco de divergência que não ajuda à superação dos difíceis obstáculos que o País enfrentará. “Eu apelo aos dois partidos para terem juízo. Têm de se entender porque a situação é realmente muito difícil”, conclui o presidente do BIC.

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