Mundo

Guantánamo: 13 prisioneiros exigem médicos civis e não militares e fazem greve de fome

guantanamoguantanamo510Grupo de prisioneiros da prisão de Guantánamo não confia nos conselhos de médicos militares e deu início a uma greve de fome, exigindo médicos civis. Os reclusos revelam que há violações de ética, em virtude do facto dos médicos cumprirem ordens de superiores hierárquicos.

Greve de fome de 13 reclusos da prisão de Guantánamo, contra alimentação “extremamente dolorosa”, fornecida a conselho médico de clínicos militares.

Num protesto, os prisioneiros exigem ser tratados por médicos civis, que não estejam sujeitos ao cumprimento de ordens de médicos que respondem perante superiores hierárquicos.

“Não quero morrer, mas estou preparado para esse risco, porque estou em ato de protesto contra o facto de permanecer preso há mais de uma década, sem julgamento, submetido a tratamento desumano e degradante, sem acesso à justiça”, acusam os presos daquele estabelecimento prisional norte-americano.

Os prisioneiros falam em violação da ética médica, numa carta que escreveram, e revelam também que não confiam nos conselhos dos clínicos que os estão a tratar.

“Não posso confiar nos conselhos de médicos que respondem perante os superiores militares, que exigem que sejamos tratados de um modo totalmente inaceitável”, realçam os reclusos de Guantánamo.

Barack Obama é também visado nesta missiva, uma vez que o Presidente dos EUA é o líder dos militares. Obama, recorde-se, prometeu encerrar a prisão de Guantánamo, mas ainda não cumpriu essa promessa eleitoral.

Em destaque

Subir