O cancro da próstata tem menor probabilidade de se desenvolver quando o homem foi circuncidado antes da primeira relação sexual. A relação direta não está comprovada, mas os investigadores confirmaram que a circuncisão dificulta o desenvolvimento de processos que dão origem a tumores.

A circuncisão, quando efetuada antes do início da vida sexual, ajuda a diminuir as hipóteses o homem vir a ter cancro da próstata. A descoberta, após um estudo que envolveu a participação de 3400 homens, dos quais metade sofria já deste tipo de tumor, foi já publicada na revista da Sociedade Americana de Cancro.

Os investigadores do Centro Fred Hutchinson para o Estudo do Cancro (EUA) não conseguiram determinar uma relação direta entre o ‘corte’ e a doença, mas os dados estatísticos demonstraram que os sujeitos circuncidados demonstraram uma probabilidade menor em 15 por cento de contrair cancro da próstata. Na base desta descoberta está um princípio de higiene, pois a circuncisão reduz a probabilidade de infeções que, eventualmente, possam ser propícias à formação de células cancerígenas.

Faltam, agora, mais pesquisas que confirmem uma relação direta entre a circuncisão e o surgimento de cancro da próstata, como admitiu Jonathan Wright, um dos autores do estudo publicado na revista. Segundo este especialista, as conclusões já verificadas apontam para que a circuncisão dificulte o desenvolvimento de infeções ou problemas inflamatórios que possam originar a formação de tumores – sendo que um dos veículos mais facilitadores de infeções são as doenças sexualmente transmissíveis.