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Bruno Magalhães vê futuro “com muita dificuldade”

Bruno Magalhães tinha este ano um projeto muito ambicioso, ao participar em duas frentes, no Campeonato de Portugal e no Campeonato da Europa de Rali. Com a pandemia de Covid-19 tudo isso ficou em suspenso.

Numa entrevista conduzida pelo nosso colega Joaquim Amândio Santos para a Golo FM e Vmotores, o piloto da Hyundai Motorsport Portugal falou de como tem sido a sua vida desde que está confinado ao seu domicílio.

“É um período que está a mexer com a vida de toda a gente, de todo o Mundo. Estou a tentar fazer a minha parte e tudo o que posso fazer é ficar em casa, proteger a família e proteger a sociedade em geral. Só saio de casa quando é estritamente necessário, para a alimentação, farmácia”, começa por contar o segundo classificado no Rali Serras de Fafe e Felgueiras, a única prova que disputou este ano.

Bruno tem feito os possíveis para se adaptar: “Temos todos de nos tentar reinventar. Por isso a nível de preparação também nos temos de reinventar. Neste aspeto tenho visto algumas coisas a nível de internet, inclusivamente ‘personal trainer’ que fazem diretos para que as pessoas possam acompanhar a fazer alguma preparação física. E é isso que tenho feito. Cá em casa tenho feito algum trabalho”.

“Obviamente que não é o ideal, mas atendendo ao que se passa é uma forma de conseguirmos fazer alguma coisa. Tendo uma vida mais sedentária, estando mais tempo em casa temos de ter alguns cuidados redobrados, pois não gastamos tanta energia. Para já não noto grande diferença na minha forma, até porque tenho feito uma alimentação controlada”, admite o piloto de Oeiras.

O confinamento domiciliário não impede Bruno Magalhães de se manter informado e atualizado sobre o que se está a passar em termos do automobilismo nacional: “São contactos diários. Muitas vezes já nem falamos de corridas, porque neste momento a indefinição é muito grande. Mas queremos saber como todos estão. Falo com a equipa, falo, falo com o Carlos (Magalhães, no navegador)”.

Quando à possibilidade de regressar à competição o antigo vice-campeão europeu de ralis mantém um moderado otimismo: “Espero que sim, a bem de todos os projetos, a bem do desporto automóvel em Portugal, das pessoas que gostam de corridas, dos nossos patrocinadores, das nossas marcas. Espero que consigamos fazer alguma coisa com valor. No nosso caso a situação é ainda mais delicada, pois tínhamos decidido participar em dois campeonatos.

“Vejo tudo com muita dificuldade. Se já era complicado participar em dois campeonatos em nove o dez meses, muito mais o será em cinco ou seis meses. Por isso levanta muitas questões relativamente ao futuro mais próximo. E por isso estou bastante preocupado com o que aí vem”, acrescenta Bruno Magalhães.

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