O Brasil registou deflação de 0,21 por cento em novembro, a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o órgão de pesquisa brasileiro, este resultado foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23 por cento, e foi puxado pela queda do preço da energia elétrica e combustíveis.
A energia elétrica foi a responsável pelo maior impacto negativo no índice, com queda de 4,04 por cento nos preços cobrados em novembro, um impacto de -0,16 ponto percentual no índice geral.
“Tivemos a mudança da bandeira tarifária. Estava no patamar dois da bandeira vermelha e passou a ser amarela. Isso foi o principal”, disse o analista de Índice de Preços do IBGE, Pedro Costa.
Já os combustíveis causaram a queda nos preços de transportes (-0,74 por cento), grupo que teve maior impacto negativo nesse mês (-0,14 ponto percentual).
“A queda nos combustíveis foi causada, principalmente, pela gasolina, que caiu 3,07 por cento. Foi o segundo maior impacto negativo individual, que foi 0,15 ponto percentual. A Petrobras reduziu em 24 por cento o valor cobrado nas refinarias. E uma parte disso foi repassada para o consumidor final”, explicou Costa.
No acumulado no ano a inflação no Brasil ficou em 3,59 por cento, acima dos 2,5 por cento registados em igual período de 2017. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,05 por cento, abaixo dos 4,56 por cento registados nos 12 meses imediatamente anteriores.
