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Boas perspetivas de cooperação entre Angola e Cabo Verde, diz vice-PM cabo-verdiano

As perspetivas futuras de cooperação entre Angola e Cabo Verde são “boas” nos mais variados domínios, sobretudo no económico, financeiro e institucional, garantiu hoje à agência Lusa, em Luanda, o vice-primeiro-ministro cabo-verdiano.

Num balanço da visita de trabalho de três dias a Angola, que hoje termina, Olavo Correia, também ministro das Finanças de Cabo Verde, destacou os “memorandos de intenções” para se poder chegar, já em julho, a um acordo para evitar a dupla tributação e de proteção mútua de investimentos.

Segundo Olavo Correia, que falava à Lusa após um encontro com representantes da comunidade cabo-verdiana em Angola, as duas partes estão já a trabalhar também na elaboração de um outro acordo, este destinado a garantir a livre circulação de capitais.

“Estamos também a criar condições para apoiarmos investidores dos dois países e reforçarmos a mobilidade aérea e marítima, tudo isso para servir os cabo-verdianos em Angola e também os projetos empresariais conjuntos. Há boas perspetivas de cooperação com Angola nos mais variados domínios”, sublinhou.

Sobre o encontro com cerca de seis dezenas de representantes da comunidade cabo-verdiana residente em Angola, estimada, oficialmente, em cerca de 20.000 pessoas, Olavo Correia descreveu-o como “muito positivo”, uma vez que estão a ser encontradas soluções para os problemas que os afetam.

“[A visita foi] muito positiva. Um bom encontro com a comunidade cabo-verdiana, soluções a serem encontradas [para a apoiar], a comunidade muito melhor e mais crente em Cabo Verde e no futuro do país,”, sublinhou, destacando a criação, “para muito breve” de um “consulado ‘online'”, em que será possível aceder a muitos procedimentos administrativos exigidos pelos cabo-verdianos residentes no país.

“Estamos a trabalhar para melhorar as condições em termos de acesso aos documentos, com um serviço de consulado ‘online’, serviço social adequado, estamos a aumentar a pensão social e a garantir o acesso dos jovens à formação profissional. É o caminho da qualificação, da formação, mas também da criação de oportunidades para os jovens e de inclusão social dos mais velhos”, acrescentou.

Para Olavo Correia, a comunidade cabo-verdiana em Angola está “integrada” e tem os mesmo desafios para recuperar o país, as restrições, mas também as oportunidades.

“Cabe ao Estado de Cabo Verde criar condições para os cabo-verdianos que estão aqui em Angola possam ter acesso à educação, à saúde, à segurança social, mas também possam desenvolver projetos privados em Cabo Verde e em Angola em benefício dos dois povos”, terminou.

Olavo Correia deixa hoje Luanda após uma visita de trabalho de três dias a Angola, em que manteve encontros com os homólogos angolanos das Finanças, Archer Mangueira, e das Relações Exteriores, Manuel Domingos, tendo também sido recebido pelo Presidente angolano, João Lourenço.

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