O melhor Benfica de sempre foi o que disputou as duas últimas épocas com o FC Porto. A afirmação é de Rui Quinta, adjunto de Vítor Pereira nas duas épocas referidas, que justifica o sucesso dos dragões: “é um clube que ganha assiduamente”.
Rui Quinta, que durante duas épocas foi o adjunto de Vítor Pereira no FC Porto, não tem dúvidas: o melhor Benfica de sempre foi o que coincidiu com os dois anos em que esteve no Dragão. Agora no desemprego, o técnico elogia o antigo rival e justifica como é que os azuis e brancos levaram a melhor.
“Lidámos com o melhor Benfica de sempre e lidámos com um Benfica que fez dois campeonatos quase ao nosso nível”, adiantou Rui Quinta, à Rádio Renascença: “eles fazem um campeonato em que só perdem uma vez, que é connosco, e nós não perdemos vez nenhuma. Quem não perde tem que ter algum mérito”.
Entre duas equipas com “mérito”, o triunfo no campeonato caiu duas vezes para o mesmo lado. “O FC Porto é de longe o melhor clube português”, defendeu o antigo técnico adjunto dos dragões: “é um clube que ganha assiduamente”.
Essa assiduidade faz com que os dragões ombreiem com o “envolvimento e peso que o Benfica tem nas instituições”, argumentou Rui Quinta: “querem transmitir sempre a imagem de grandiosidade e de futebol maravilhoso, mas quem não estiver dentro desse aspecto conclui que o Porto é melhor”.
Nos dois anos em que esteve no Dragão, o técnico foi adjunto de Vítor Pereira, que reconheceu o trabalho de Rui Quinta ao convidá-lo para o acompanhar na Arábia Saudita. “Recebi o convite para ir para a Arábia Saudita”, confirmou, “mas a minha vida não permitia. Ele entendeu que para ele seria o melhor para a vida dele, porque são dois anos e certamente que depois não lhe vão faltar convites para continuar a trabalhar”.
Sobre o antigo superior hierárquico, Rui Quintas só tem elogios: “o Vítor Pereira em primeiro lugar é uma extraordinária pessoa. Tem um elevadíssimo carácter com uma disponibilidade para ajudar tudo e todos e com um conhecimento muito grande sobre o jogo. O Vítor Pereira foi durante estes dois anos não muito bem tratado, foi usado como arma de arremesso ao clube, mas deu uma demonstração de grande humildade e competência e por isso ganhou”.
