A imaginação e o espaço foram um binómio bem presente no recente Salão de Frankfurt, com o Citroën Cactus e o Renault Initiale a serem dois bons exemplos, com o primeiro a enfatizar a tónica nos veículos do tipo ‘crossover’ e o segundo nos monovolumes.
Embora ainda na fase de ‘concept’, o Cactus é a arma com que a marca do ‘double chevron’ pretende disputar a liderança num segmento em crescimento onde se inserem modelos como o Renault Captur e Nissan Juke, tendo a sua comercialização prevista já para o próximo ano.
As linhas muito estilizadas fazem lembrar as de um SUV do futuro com alguns elementos do contacto com a tendência estética mais recente seguida pela Citroën, possuindo guarda-lamas que se confudem com a carroçaria, rodas colocadas nas extremidades da carroçaria e ausência de vidros traseiro e laterais.
No interior encontramos um habitáculo futurista, minimalista, dominado por um painel de instrumentos flutuante, onde se destaca um ecrã de sete polegada. O espaço a bordo é generoso, graças às suas dimensões – 4m,21 metros de comprimento, por 1,75 de largura e 1,53 de altura.
Os 21 centímetros de distância ao solo permitem ao Cactus uma utilização em terrenos mais comuns aos de um comum 4×4, possuindo uma mecânica híbrida (Hybrid Air) que combina as tecnologias hidráulica e pneumática, recorrendo a um motor a gasolina PureTech, que permite um consumo de apenas 3 litros por cada 100 quilómetros.
Bem mais convencional e bastante mais desportivo é o Peugeot 308 R. Uma versão ainda em ‘concept’, que em Frankfurt surgiu com uma decoração em duas cores (preto e vermelho) e equipado com um motor 1.6 Turbo com 270 cv de potência.
O propulsor é o mesmo do RCZR. Um bloco de quatro cilindros a gasolina, que consegue uma potência de quase 170 cv por litro, transmitida às rodas dianteiras por uma caixa de seis velocidades, sendo que neste Peugeot o eixo traseiro possui um diferencial de escorregamento limitado Torsen.
Para melhor explorar as suas características o 308 R tem um chassis rebaixado em 26 milímetros, vias alargadas em 30 milímetros e jantes em liga leve de 19 polegadas, para além de enormes entradas de ar dianteiras e dois extratores de ar traseiros.
Já na Renault a aposta foi o Initiale Paris Concept, que combina as formas de um ‘crossover’ o espaço e a funcionalidade de um monovolume de luxo, com uma estética ousada, que lembra alguns modelos passados da marca do losango como o Grande Espace.
A linha do tejadilho é mais baixa do que em monovolumes antecessores, possuindo maior altura ao solo e jantes de 22 polegadas, com um espaço generoso, proporcionado pelos seus 4,85 metros de comprimento.
Os retrovisores do Initiale Paris Concept foram substituído por câmaras, e as portas traseiras são de abertura invertida, enquanto o interior luxuoso possui três filas de banco.
Mecanicamente este Renault é servido por um motor diesel Energy dCi 130 com dois turbo – um pequeno de baixa inércia para operar a baixas velocidades, e outro que é ativado a regimes mais elevados.
