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Barcelona-Real Madrid: O melhor dos merengues ainda não chegou

barcelona_real_madrid_2Um jogo de altos e baixos de ambos os lados, um árbitro sem capacidade para clássicos destes, e um Real Madrid que mostrou os dentes a um Barcelona finalmente rendido ao adversário, foi assim a segunda-mão dos quartos de final da Taça do Rei.

O jogo era de tudo ou nada para Mourinho. A derrota em casa na primeira-mão obrigava os merengues a vencer por mais de dois golos de diferença, algo à partida impensável para qualquer adepto habituado a ver o barça jogar, ainda por cima diante dos seus adeptos.

O jogo começou como na primeira-mão. Um Real Madrid atrevido conseguiu criar duas ou três boas oportunidades em tempo quase recorde. Higuain teve a melhor de todas no primeiro minuto. Em frente a Pinto, desperdiçou. Dois minutos depois, fez o mesmo. O avançado argentino foi mesmo o pior exemplo de eficácia em Camp Nou.

O Barcelona estava encostados às cordas, o Real Madrid era dono e senhor do jogo, e pela primeira vez desde há muito tempo, pensou primeiro em marcar, em defender depois.

Ozil tentou o golo do ano. A bola bateu no ‘7’ da baliza de Pinto, que se limitou a rezar quando viu a bomba saída do pé esquerdo do alemão.

Ora, lá vem a máxima do quem não marca sofre. Deixaram Messi pegar na bola a meio campo, o resto é o costume. Arrancada do craque argentino até à grande área merengue. Quatro defesas juntam-se para tentar fazer uma espécie de muro. Arbeloa deixa Pedro sozinho na direita que, assistido pela ‘pulga’, faz o primeiro sem dificuldade. Jogava-se o 43.º minuto.

Ainda antes do intervalo, o golo do jogo. Canto para o barça, a bola sobra para fora da grande área, e Daniel Alves levanta o estádio.

O Real Madrid ia para o descanso a perder por 2-0 sem perceber muito como e porquê. Foi melhor, fez mais e criou mais. Contudo, os golos é que contam e José Mourinho tinha uma missão (quase) impossível para a segunda parte.

Benzema, Callejón e Granero vieram dar uma nova alma no segundo tempo, com um Barcelona a parecer adormecido e demasiadamente confortável com o resultado. No espaço de apenas quatro minutos, deixou-se de ouvir barulho do Camp Nou. Cristiano Ronaldo, aos 68, sentou Pinto e fez o 2-1. Três minutos depois, Benzema sentou Puyol e fez o 2-2. Afinal, parecia fácil marcar ao Barça.

Faltavam ainda 20 minutos de jogo e novo tento dos merengues dava passaporte para as meias-finais. Com o ‘meiinho’ do costume, muita fita e muita perda de tempo, o Barcelona conseguiu finalmente respirar de alívio. Empate a dois no final e acesso às meias.

Fernando Teixeira

Com este nome e com esta exibição, desde logo se podia pensar que se falava de um árbitro português, que tanto são criticados. Mas não, o jogo do Camp Nou é a prova que afinal os nossos estão ao nível de todos os outros.

Dirigiu um jogo para o qual não tem capacidade. Deixou-se ir pelo enredo criado pelos jogadores do barça. Mais uma vez, para os blaugrana, bastava cair e fazer uma cara feia para haver direito a falta.

Os craques devem ser protegidos, a lei mundial assim o diz. O espetáculo deve no entanto sê-lo primeiro que tudo.

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