Mundo

Barack Obama aprova documento secreto de apoio aos rebeldes sírios

O Presidente dos EUA, Barack Obama, terá assinado um documento onde autoriza os serviços secretos americanos a prestarem apoio aos revolucionários sírios, na sua luta contra o regime de Bashar al-Assad, revelaram as cadeias de televisão CNN e NBC News.

Segundo fontes oficiais citadas pelos media norte-americanos, a ordem presidencial foi aprovada há vários meses e permite que a CIA e outras agências de informação secreta ajudem ativamente os revolucionários sírios, com um reforço dos meios técnicos e comunicacionais. De acordo com a CNN, a ajuda prestada terá os mesmos moldes da que foi aplicada na Líbia, aquando da luta contra o regime de Muammar Khadafi.

Em reação, fonte oficial da Casa Branca não quis confirmar a notícia, mas não pôs de lado um eventual reforço da ajuda dada até agora aos rebeldes. Embora não se conheça o alcance de todas as medidas, a Administração Obama tem reafirmado a não intenção de prestar qualquer ajuda de caráter militar aos revolucionários anti-regime. Segundo a CNN, esta prudência deve-se à falta de informação existente sobre aqueles que lutam contra o governo de Bashar al-Assad.

Na terça-feira, contudo, a NBC News adiantou que o grupo de libertação “Exército Sírio Livre” teria obtido quase duas dúzias de mísseis, via Turquia, e que estes poderiam ter sido fornecidos com a ajuda do governo norte-americano. Fontes oficiais da Casa Branca disseram, na altura, que não podiam confirmar, nem desmentir, a informação.

É certo, que o apoio dos EUA aos exércitos rebeldes tem-se tornado, nos últimos dias, cada vez mais evidente. Na semana passada, o Departamento do Tesouro norte-americano deu permissão ao Washington Syrian Support Group (Grupo de Apoio Sírio sediado em Washington) para apoiar financeiramente as tropas anti-regime e, nas últimas horas, de acordo com um porta-voz do departamento de Estado, foi anunciado um novo reforço de 10 milhões de dólares.

Entretanto, nas cidades de Aleppo e Damasco, locais onde o clima de guerra se mantém mais intenso, os confrontos continuam a provocar baixas civis. Nesta quarta-feira, pelo menos 35 pessoas foram mortas, após um bombardeamento a um subúrbio, levado a cabo pelas tropas afetas ao regime.

A revolta síria teve início há 17 meses e foi inspirada pela Primavera Árabe, movimento que varreu a região do Médio Oriente e Norte de África e que pretendeu derrubar os poderes instituídos, substituindo-os por regimes semelhantes aos das democracias ocidentais.

Desde o início do conflito sírio, em março de 2011, morreram já mais de 19 mil pessoas. Esta missão decorre da decisão tomada na 36.ª Sessão do Comité do Património Mundial da Unesco, que se realizou de 24 de junho a 6 de julho, em São Petersburgo, e irá decorrer durante nesta semana.

Em destaque

Subir