Os bancos em Portugal, Itália e Espanha melhoraram a qualidade dos ativos em 2018, seguindo diferentes estratégias para se desfazerem do crédito malparado, afirma num relatório hoje divulgado a Moody’s Investors Service.
“Esperamos que os bancos façam mais reduções para alinhar a qualidade de ativos com a média da União Europeia (UE), já que os ativos não produtivos – empréstimos vencidos e imóveis recuperados – permanecem elevados em todos os três sistemas”, disse Maria Cabanyes, vice-presidente ‘senior’ da Moody’s.
Os três países seguem diferentes estratégias de ‘offloading’, influenciadas pelas respetivas estruturas de execução e falência de empréstimos e níveis de provisionamento, indica, adiantando que Portugal e Espanha, onde a execução hipotecária é rápida e o mercado imobiliário está em recuperação, existe um forte interesse dos investidores nas vendas diretas de carteiras.
A Moody’s afirma que em Portugal houve uma transferência completa de risco que foi alcançada com vendas de portfólio e com securitizações.
Em Espanha, os bancos venderam participações maioritárias de carteiras de ativos a fundos e criaram ‘joint ventures’ (parcerias), afirma a Moody’s, acrescentando que assim os bancos retêm a exposição através de participações minoritárias nas ‘joint ventures’, mas suportam significativamente menos risco.
Em Itália, a diminuição do crédito malparado foi apoiada por iniciativas governamentais.