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Banco Mundial tira 0,4 pontos à previsão de crescimento da África subsariana em 2018

O Banco Mundial reviu hoje em baixa a previsão de crescimento para as economias da África subsariana, antecipando agora uma expansão de 2,7 por cento para este ano, menos 0,4 pontos do que previa em abril.

“O crescimento económico na África subsariana deve acelerar para 2,7 por cento em 2018, face aos 2,3 por cento em 2017, quase em linha com o crescimento da população”, lê-se no relatório ‘O Pulsar de África’, divulgado hoje pela instituição sedeada em Washington.

“A recuperação económica da região continua, mas a um ritmo mais baixo do que o esperado (0,4 pontos percentuais abaixo da previsão de abril), devido às revisões em baixa nas três maiores economias da região”, que são Nigéria, África do Sul e Angola.

“A estrada é acidentada”, alertam os economistas do Banco Mundial, que recordam que o ambiente externo tornou-se “menos favorável”, exemplificando com a “falta de fôlego” da produção industrial e do comércio mundial e a queda dos preços dos metais e produtos agrícolas

“Do lado da oferta, a moderada recuperação económica reflete o petróleo mais caro e as melhores condições agrícolas, no seguimentos das secas; e do lado da procura, o crescimento foi alicerçado pelo consumo interno num contexto de abrandamento da inflação e do investimento público”, diz o Banco Mundial na análise à África subsariana, publicada duas vezes por ano.

A “fraca recuperação económica” nas três maiores economias da região “está a pesar na atividade económica da África subsariana”, nota o documento, vincando que “a descida de produção, devido a limitações na capacidade, elimina a vantagem positiva dos preços mais caros em Angola e na Nigéria”.

Para 2019, o Banco Mundial antevê um “crescimento de 3,3 por cento, refletindo a recuperação da produção petrolífera na Nigéria e em Angola”, os dois maiores produtores de crude na região, e para 2020 a previsão aponta para uma ligeira aceleração para 3,6 por cento.

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