Insólito

Banco de esperma chinês pede doações “só de comunistas”

Na China, o comunismo tem de vir do berço. Literalmente, no caso dos bebés ‘fabricados’ em laboratório. O banco de esperma do Terceiro Hospital da Universidade de Pequim pede que as doações sejam feitas “só por comunistas”.

É só para quem ama verdadeiramente o comunismo. A mais recente campanha de apelo à dádiva lista uma série de requisitos que os interessados devem cumprir.

Para além de “não terem sinais óbvios de perda de cabelo”, nem sofrerem de doenças graves, os dadores devem ser fiéis seguidores da doutrina comunista, a única autorizada na imensa China.

Os dadores, com idades entre os 20 e os 45, têm de “amar a pátria socialista, apoiar a liderança do Partido Comunista, ser fiel à causa partidária e ser decente, cumpridor da lei e livre de problemas políticos”.

São exigências que parecem ridículas para nós, ocidentais, mas que têm uma explicação política e outra… de saúde pública.

A procura por sémen subiu exponencialmente desde o fim da célebre ‘política do filho único’, em 2016.  No entanto, só entre 15 a 20 por cento das doações passam nos testes de qualidade.

Um dador recebe 200 yuans (quase 26 euros) quando passa nos testes médicos e, se a dádiva for classificada como viável, ganha mais 5500 yuans (pouco acima dos 712 euros).

Contactado pelo The Telegraph, o Terceiro Hospital da Universidade de Pequim não precisou como é que analisa o “comunismo” da dádiva.

De acordo com a imprensa chinesa, há no país cerca de 40 milhões de pessoas com problemas de infertilidade.

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