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Falsificação de medicamentos injetáveis não se limita ao Avastin

avastinO Avastin não é o único medicamento que está a ser falsificado em larga escala, nos Estados Unidos. Os fármacos da área de oncologia estão a ser muito procurados, sobretudo na versão de cópias injetáveis.

O Avastin, um medicamento usado no combate ao cancro, não é o único medicamento que está a ser falsificado em larga escala, segundo os ‘media’ dos Estados Unidos. A entidade reguladora dos medicamentos nos EUA, a FDA, admitiu que os fármacos de âmbito oncológico continuam na ‘moda’ e que já se nota um aumento na falsificação de outros fármacos, como o recurso a cópias de terapias injetáveis através da venda por Internet.

A grande vantagem dos medicamentos injetáveis é o custo, mais elevado do que na versão de comprimido. O Avastin, o medicamento de terapia oncológica mais falsificado nos EUA, custa cerca de 2400 dólares por ampola.

A reguladora tem insistido junto da comunidade médica para tomar cuidado com medicamentos ainda não aprovados, como acontece com algumas versões de Herceptin, Neupogen e Rituxan. Segundo a FDA, alguns destes fármacos terão sido, “muito provavelmente, ministrados a pacientes”.
A fabricante do Neupogen já negou ter conhecimento de falsificações do fármaco no mercado americano, assegurando total cooperação com a FDA na investigação de eventuais importações ilegais de qualquer cópia ilegal do fármaco.

Há cerca de um mês, a reguladora acusou uma farmacêutica britânica de casos pontuais “de importação ilegal de medicamentos oncológicos para os EUA”, nomeadamente do quimioterápicoinjetável Faslodex, um fármaco ainda não aprovado. Na resposta, a AstraZeneca disse “não ter provas” de que algum medicamento importado de forma ilegal tivesse entrado no circuito comercial.

A área oncológica é a nova aposta dos falsificadores, depois de anos em que o Viagra dominou o mercado das falsificações. Este medicamento contra a impotência mantém-se como o ‘líder de vendas’, tendo sido confiscadas mais de 9,5 milhões de versões falsificadas só em 2011: 85 por cento do total de cópias apreendidas. Só que as terapias injetáveis, dada a complexidade, começam a ser mais apetecíveis para os falsificadores.

Entre 2005 e 2009, o número de cópias do Avastin duplicou. Segundo o Instituto de Segurança Farmacêutica, um terço do mercado de cópias injetáveis diz respeito aos tratamentos oncológicos.

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