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Autismo: Documentário contra as vacinas não vai ao Tribeca, assume Robert De Niro

robert de niro planos olhos

Com um filho autista, Robert De Niro defendeu a exibição de ‘Vaxxed’, um documentário sobre eventuais relações entre a vacinação e o autismo, no festival Tribeca. Mas agora o ator, um dos fundadores do festival, mandou retirar o filme. “Não contribui para o debate” da questão, explicou.

Estarão as autoridades de saúde dos EUA, nomeadamente o Centro de Controlo de Doenças (CDC, na sigla original), a “encobrir” a influência das vacinas no aumento dos casos de autismo?

A dúvida alimenta o documentário ‘Vaxxed: From cover-up to catastrophe’ (‘Vacinados: Do encobrimento à catástrofe’), da autoria do médico Andrew Wakefield e que Robert De Niro, um dos fundadores do festival Tribeca e pai de uma pessoa com autismo, quis exibir no famoso festival nova-iorquino.

Só que agora, depois de toda a polémica sobre o filme que acusa (sem provar) a vacinação de estar por detrás dos crescentes casos de autismo nas crianças, o ator revelou, em comunicado, que mandou retirar ‘Vaxxed’ do programa do Tribeca.

“Acreditamos que o filme não contribui para o debate público” sobre o autismo “que eu esperava”, assumiu Robert De Niro, depois das ‘negociações’ com a organização do festival e com personalidades de comunidade científica.

“Há certos aspetos deste filme que nos preocupam e que achamos que nos impedem de o apresentar no programa do festival”, reforçou o ator: “Decidimos, por isso, retirá-lo do programa”.

A existência de “uma fraude” promovida pelo CDC, que “encobre” as responsabilidades da vacinação nos casos de autismo infantil, já tinha sido defendida por Andrew Wakefield num artigo que o jornal médico The Lancet publicou em 1998.

Porém, esse artigo continha falhas e “violações éticas”, sobretudo conflitos de interesse financeiro, que levaram o Conselho Médico britânico a retirar a licença de médico a Wakefield.

Em 2010, o The Lancet retirou o artigo do arquivo.

Há vários estudos, inclusive ‘apadrinhados’ pela Organização Mundial de Saúde, que não encontram ligações entre o autismo e as vacinas.

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