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Associação de Farmácias desaconselha utilização de máscaras para a Covid-19

O aumento do número de infetados pelo novo coronavírus em Portugal deu inicio a uma corrida às máscaras, que estão esgotadas um pouco por todo o lado e cujo preço subiu exponencialmente.

Ao mesmo tempo, o debate tornou-se cada vez mais aceso: deve usar-se a máscara para evitar o contágio por Covid-19 ou não?

As autoridades de saúde têm insistido que não, mas o certo é que, a cada dia que passa, mais e mais pessoas vão usando máscara quando saem à rua.

“As máscaras não são recomendadas para a maioria das pessoas, pois há evidência limitada de que impeçam a propagação da doença. A boa etiqueta respiratória e a higienização das mãos terão um impacto maior”, recomendou a Direção Geral de Saúde, a 28 de fevereiro.

Vários especialistas têm alertado que a máscara, além de não impedir que uma pessoa fique infetada, até pode facilitar o contágio, dado que induz uma falsa sensação de segurança e leva a pessoa que a usa a ‘facilitar’ nos comportamentos de risco.

Agora, foi a vez da Associação Nacional de Farmácias (ANF) insistir que as máscaras devem ser usadas apenas por quem está infetado, impedindo assim de contagiar outros.

“Constitui não só um gasto desnecessário, como pode criar uma falsa sensação de segurança e, involuntariamente, descurar a adoção de medidas de etiqueta respiratória e de lavagem das mãos”, frisou a ANF, citada pelo Diário de Notícias.

Há dois dias, o diretor geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, renovou o aviso que já tinha deixado no início de fevereiro: esta corrida generalizada às máscaras (não está a acontecer em Portugal) deixa quem realmente precisa delas (como os profissionais de saúde ou os suspeitos de estarem infetados) sem este equipamento de proteção.

De acordo com a ANF, a venda de máscaras nos dois primeiros meses do ano registou um aumento de 976,2 por cento face ao ano passado, passando das 47 581 unidades em 2019 para as 512 067 em janeiro e fevereiro deste ano.

Quem usa máscara, mesmo que não tome em conta as considerações das autoridades de saúde, precisa de garantir pelo menos dois cuidados fundamentais: nunca tocar no tecido, apenas nos elásticos, e descartá-la de imediato após o uso (como, por exemplo, quando se tira a máscara para comer).

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