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APDP abre delegação no norte em Matosinhos

diabetes_apdpA Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) criou a delegação norte, numa altura em que comemora o 86.º aniversário. O espaço onde funcionará a delegação do norte da associação de doentes mais antiga do mundo foi cedido pela Câmara Municipal de Matosinhos.

Perante mais de uma centena de convidados, personalidades da vida política e civil da região, Luís Gardete Correia, presidente da APDP, e Guilherme Pinto, líder da Câmara de Matosinhos, assinaram o protocolo de cedência do espaço onde fica instalada, a partir de hoje, a APDP Norte. O gabinete situa-se no Edifício Antiga Câmara, na Rua Brito Capelo, n.º 223.

Na cerimónia, onde foi contada a história destes 86 anos de atividade da APDP e explicitados os objetivos do início da atividade a norte, José Manuel Boavida, coordenador do Programa Nacional para a Diabetes, salientou que para que a proximidade com a população seja cada vez maior “é fundamental a criação de parcerias com escolas, Câmaras Municipais, universidades e outras associações”.

“As instituições devem adaptar-se à sociedade, devem ter flexibilidade nas suas estruturas para ir de encontro às necessidades da população”, acrescentou, justificando assim a abertura da delegação norte. José Manuel Boavida sublinhou ainda que “um dos pontos fundamentais para a cura da diabetes é a participação individual do doente no seu próprio tratamento”, o que reforça a importância da APDP na educação para a doença.

Guilherme Pinto, por seu turno, afirmou tratar-se de “um dia histórico para a região”, destacando que a partir de agora a “sabedoria e a experiência” da APDP estão ao dispor do norte e augurando que será possível “multiplicar as iniciativas” da associação.

Neste arranque da sua atividade a norte, a APDP persegue os seus grandes objetivos, que passam por prevenir e educar para a doença que coloca Portugal como o terceiro país (num total de 33) da OCDE com maior prevalência de diabetes (12,4 por cento).

A chegada ao norte impõe-se tendo também em conta os números regionais – a região do Grande Porto é aquela que apresenta os valores mais elevados, no que toca à prevalência da diabetes, em todo o Portugal continental, com 13,9 por cento.

Tendo em conta a grande prioridade que será, também aqui, prevenir e educar para a doença, estão já marcados os primeiros cursos de formação destinados a profissionais.

A APDP nasceu em 1926, pelas mãos do médico Ernesto Roma, como Associação Protetora dos Diabéticos Pobres – uma forma de o clínico ajudar todos aqueles que morriam com diabetes, sem terem meios de adquirir a insulina. Começou, assim, desde logo a salvar vidas esta associação que, ao longo dos seus 86 anos de existência, tem desempenhado um importante papel na educação das pessoas com diabetes e de todos aqueles que, por relação pessoal ou função profissional, lidem diariamente com elas.

Para que possa continuar o seu trabalho diário e a salvar vidas, a APDP continua empenhada em conquistar mais sócios. ‘Juntos Vamos Dar a Cara pela Diabetes’ é o nome da campanha que continua em marcha, com o objetivo de angariar novos sócios – 50 mil é o número que se pretende atingir – e fidelizar aqueles que já estão ligados à associação.

“Apesar das dificuldades com que nos deparamos neste momento, estamos ainda mais motivados para travar a pandemia da Diabetes, com ações de prevenção e controlo, na busca do melhor e mais adequado tratamento, na investigação e na educação”, referiu Luís Gardete Correia, presidente da APDP, reforçando que “com o crescimento exponencial da diabetes, Portugal necessita cada vez mais de uma estrutura reconhecida nacional e internacionalmente, como é a APDP”.

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