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António Costa: “As pessoas hoje exigem é respostas concretas, mais do que palavras”

António Costa concedeu, nesta noite de domingo, uma entrevista à TVI, numa atualidade marcada pela resposta à tragédia dos incêndios e pelas relações entre Belém e São Bento. O primeiro-ministro reforçou a ideia que passou durante o dia, em que discursou por várias ocasiões, de que “as pessoas hoje exigem é respostas concretas, mais do que palavras”.

António Costa admitiu que, por esta altura, é tempo de colocar “mãos à obra”, reforçando que “absolutamente prioritário é o esforço para reconstruir estes territórios, em toda a sua dimensão”.

“Nós só podemos reconstruir a esperança se conseguirmos realizar a obra” e “concretizar o esforço da reconstrução”.

Nesta altura, acrescentou o primeiro-ministro, que a “emergência” é a de “acorrer a pessoas que ficaram sem meios de subsistência e que é preciso assegurar o apoio, a emergência relativamente ao socorro das pessoas que estão feridas, emergência na construção da habitação, a urgência no alimento para os animais que perderam o pasto, a emergência para que as empresas que foram afetadas se possam reconstruir e manter os postos de trabalho, essa é a emergência”.

António Costa admitiu, nas instalações de bombeiros de Pampilhosa da Serra, região que visitou este domingo, que “as pessoas estão obviamente revoltadas relativamente a tudo o que aconteceu”, mas reforçou que tem sentido, nas populações, “sobretudo determinação”.

“Hoje há uma consciência muito grande de que não podemos voltar a reconstruir fazendo o território como ele estava”, acrescentou.

Sobre a relação com o Presidente da República, António Costa referiu que o “primeiro-ministro não faz análise política e as conversas são entre nós, não são para ser tornadas públicas. O que me cumpre fazer é fazer o que fiz até agora: uma relação de grande lealdade com o Presidente da República, que tem sido muito positivo. (…) Da minha parte não há crispação nenhuma”, confessou.

Questionado sobre o recuo do nível dos meios de combate a incêndios disponíveis para responder aos fogos de outubro, que provocaram a morte a 45 pessoas, António Costa admitiu que “é manifesto hoje que houve uma subestimação dos riscos da primeira quinzena de outubro e que, aliás, se mantém até este momento. Nós estamos com as temperaturas que estamos. Os meios entretanto foram reforçados. E houve seguramente carência de meios”.

Apesar disso, o primeiro-ministro acrescentou que “todos temos bem a noção da execionalidade do que aconteceu na noite do dia 15 de outubro”.

No que ao SIRESP diz respeito, Costa rejeita a “nacionalização” do mesmo, e fala numa “modernização de tecnologia” de forma a “assegurar as alternativas e a reforçar a rede fixa”.

 

O primeiro-ministro confessou, prontamente, que nunca ponderou demitir-se, e acrescentou que o “que tem estado no centro” das preocupações “desde o dia 17 de junho [altura da tragédia de Pedrógão] é precisamente responder a esta situação”.

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