Em linha com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na questão do salário mínimo, António Borges defendeu uma descida do salário mínimo nacional. Pedro Passos Coelho acusa PS e António José Seguro de “demagogia”, ao propor um “sobrecusto para as empresas”, com o aumento do valor mínimo pago aos trabalhadores.
António Borges, consultor do Governo de Pedro Passos Coelho para as privatizações, afirmou, numa entrevista à Rádio Renascença, que para combater o desemprego, Portugal deve baixar o salário mínimo. “A primeira dificuldade é tentar criar postos de trabalho. E isso não se faz tentando criar o posto de trabalho mais caro”, afirmou o consultor do Governo de Pedro Passos Coelho.
Confrontado com a possibilidade de se descer o salário mínimo nacional, António Borges respondeu: “Ninguém quer um país mais pobre. Toda a gente quer um país próspero. Mas, antes disso, temos uma emergência nas mãos, que é uma taxa de desemprego superior a 17 por cento. O ideal seria que os salários descessem, como aconteceu noutros países.
O PS, que defende o aumento do salário mínimo nacional, salientou que as declarações de António Borges estão “na linha das políticas do Governo”. Segundo o deputado socialista Miguel Laranjeiro, o PS “rejeita em absoluta” uma medida de corte do salário mínimo.
