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Angola cresce 1,2% este ano e 2,4% em 2019 depois de dois anos de recessão, diz Standard Bank

A unidade de análise económica do Standard Bank considera que a economia de Angola vai crescer 1,2 por cento este ano e 2,4 por cento em 2019, depois de dois anos de recessão acumulada acima de 5 por cento.

“Vemos um aumento no crescimento do PIB este ano e no príxmo, chegando a 1,2 por cento em 2018 e 2,4 por cento em 2019, alicerçado na melhoria dos preços do petróleo, que devem melhorar a liquidez de moeda externa e potenciar a procura interna”, escrevem os analistas do maior banco a operar em África.

Na mais recente análise dos mercados africanos, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas do Standard Bank escrevem que “a despesa pública e as exportações líquidas devem melhorar devido ao aumento dos preços do petróleo e ao abrandamento da inflação”.

Lembrando que o país saiu de uma “profunda recessão” em 2016 e 2017, de 2,6 por cento e 2,5 por cento, respetivamente, o Standard Bank nota que “a última vez que a economia cresceu foi em 2015, quando registou uma expansão de 0,9 por cento”.

A economia angolana foi “severamente” afetada pelo colapso dos preços do petróleo, em 2014, o que causou pressões na liquidez da moeda estrangeira, nomeadamente dólares, e “obrigou as autoridades a adotarem medidas restritivas de política monetária e consolidação orçamental”.

“Apesar do declínio de 5,4 por cento na produção de petróleo, para 595,8 milhões de barris em 2017, o equivalente a 1,63 milhões por dia, reportados pelo Ministério das Finanças, os dados preliminares do INE mostram que o PIB petrolífero cresceu 8,2 por cento em temos reais em 2017, recuperando de uma contração de 2,7 por cento durante 2016”, escrevem os analistas.

A economia não petrolífera, todavia, “continuou em recessão, com uma contração de 2,5 por cento em 2016 e 8,9 por cento em 2017”.

No primeiro trimestre deste ano, “o volume de exportações de petróleo desceu 7,3 por cento para 1,5 milhões de barris por dia, evidenciando o impacto negativo do ambiente difícil de operação, a maturação dos poços e o fraco investimento”.

Ainda assim, nota o Standard Bank, “o aumento dos preços foi suficiente para compensar a queda em volume”, o que fez com que as receitas da exportação petrolífera tivessem aumentado “14,2 por cento para uma média de 3 mil milhões de dólares por mês durante o primeiro trimestre deste ano, o que compara com uma média de 2,6 mil milhões durante os primeiros três meses de 2017”.

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