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Alemanha diz ser “fiável”, depois de Sócrates ter chamado “estupor” a Schäuble

wolfgang-schaublemerkel schaeuble bigA Alemanha garante que tem sido “um parceiro fiável” de Portugal “nas necessárias e difíceis medidas adotadas”. O comunicado surge em resposta a José Sócrates, que numa entrevista chamou “estupor” e “filho da mãe” ao ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

A recente entrevista dada por José Sócrates agitou o Governo alemão, no qual Merkel continua como chanceler. O ministro Wolfgang Schäuble, que dentro de dias deve deixar a pasta das Finanças, foi um dos visados pelo ex-primeiro-ministro português, que lhe chamou “estupor” e “filho da mãe”. A resposta do Governo alemão veio num comunicado.

“O Governo federal da Alemanha tem sempre apoiado o seu parceiro português nas necessárias e frequentemente difíceis medidas adotadas”, sustentam os Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros alemães, que assinam a nota.

“Assegurar a estabilidade da moeda comum, bem como emergir desta crise de forma fortalecida, com maior crescimento e emprego, foram e continuam a formar o interesse comum de ambos países”, reforça o texto emitido pelo Governo de Merkel, que relembra ter sido o principal financiador do resgate em curso: “a Alemanha deu desde o início – e de forma resoluta – o seu grande contributo aos fundos de resgate europeus e aos fundos estruturais da UE”.

“Também no futuro Portugal poderá continuar a contar com a Alemanha”, insistem os germânicos, sublinhando que preferem apostar na diplomacia económica e desvalorizar eventuais considerações pessoais.

O comunicado foi emitido como resposta à entrevista de José Sócrates, que considerara o ministro alemão um “estupor” e um “filho da mãe” ao evocar um jantar em que estiveram presentes: “Merkel está do outro lado, com aquele estupor do ministro das Finanças, o Schäuble, que agora foi corrido. Todos os dias esse filho da mãe piunha notícias nos jornais contra nós. E ligávamos para o gabinete da Merkel, e ela, com quem me dava bem, dizia que vinha do gabinete do ministro das Finanças. No jantar, ela pô-lo ao lado para o comprometer. Disse ‘devo ser a única na Alemanha que acha que vocês não precisam de ajuda’”.

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