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Adolfo Mesquita Nunes assume homossexualidade

O vice-presidente do CDS, Adolfo Mesquita Nunes, de 40 anos, concedeu uma entrevista de vida ao Expresso, este sábado, onde assumiu, sem rodeios, a sua homossexualidade. “É algo que faz parte de mim e com que convivo perfeitamente e com naturalidade”, assumiu.

Numa entrevista intimista concedida ao jornal Expresso, Adolfo Mesquita Nunes passeou entre momentos da sua infância, o frenesim das eleições e falou, sem preconceitos, sobre a sua orientação sexual.

“É algo que faz parte de mim e com que convivo perfeitamente e com naturalidade”, começa por dizer.

A homossexualidade do dirigente centrista foi comentada durante a campanha eleitoral para as autárquicas, na Covilhã, quando viu alguns dos seus cartazes serem rasgados e prontamente substituídos.

Essa situação, contudo, não se verificou quando, num dos cartazes do centro da cidade, alguém escreveu a palavra “gay”.

“Não vamos substituir este cartaz, porque eu quero deixar claro – quer para quem vandalizou e para a campanha que motivou essa vandalização, quer para a população da Covilhã – que eu não tenho vergonha, nem tenho qualquer problema em ser quem sou. Pedi que não o substituíssem porque não era mentira”, recorda o dirigente.

O tema da orientação sexual foi amplamente comentado por Adolfo Mesquita Nunes, que assume nunca o ter escondido, considerando que, após tantos anos ligados à política, era agora a altura indicada para o fazer.

“Há uma diferença entre falar de orientação sexual com a família, com amigos ou colegas de trabalho e falar com jornalistas ou com pessoas que não conhecemos. (…) Não é segredo nenhum, é um facto conhecido de muitos, que não é escondido por mim”, afirma.

Adolfo Mesquita Nunes foi deputado e secretário do Estado do Turismo. Atualmente exerce o cargo de vice-presidente do CDS e vereador da Câmara da Covilhã, cidade onde cresceu.

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