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“A política do bota-abaixo carece de inteligência”, afirma Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, assegurou hoje que não seguirá uma política de “bota-abaixo”, mas alertou para as exigências que serão feitas pelos partidos à esquerda para um futuro “casamento orçamental” com o PS.

“Não estaremos aqui para destruir, nem para criticar tudo o que os outros possam fazer. A política do bota-abaixo carece de inteligência e é própria de quem não se move pelo interesse público, mas sim pelo seu interesse individual ou partidário”, afirmou Rui Rio na intervenção de encerramento no debate do Programa do XXII Governo Constitucional.

Num discurso com fortes críticas em áreas da governação como a justiça, a saúde ou os serviços públicos – a que chamou “as nódoas mais escuras da governação socialista” -, Rio disse duvidar da execução de algumas intenções expressas no programa do Governo, com as quais até poderia concordar, antevendo que será na proposta de Orçamento do Estado que se perceberão as opções da ação governativa.

“Até porque o que os orçamentos terão de ter, que este programa não precisa de consagrar, são as exigências que a anunciada noiva fará para aceitar o casamento orçamental”, afirmou, referindo-se de forma implícita aos votos necessários à esquerda e do PAN para viabilizar o documento, uma vez que o PS tem apenas 108 de 230 deputados.

Para Rui Rio, “seja num simples namoro ocasional de apenas um ou dois anos, numa união de facto mais ou menos assumida ou num casamento sólido e duradouro”, o “enxoval” do Governo terá de ter como contrapartida “a felicidade desta exigente noiva”.

“Uma nubente cara que, seguramente, exigirá do seu companheiro socialista alguma ginástica financeira com o magro rendimento de que dispõe, agora que já não viveremos tempos de grande euforia económica”, afirmou.

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