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“A minha mãe disse que preferia morrer de covid do que viver sem os abraços dos netos”

A jornalista Cláudia Lopes assumiu o receio de perder a mãe, de 80 anos, e contou como a família tem lidado com as restrições impostas pelo combate à pandemia.

Em entrevista para a ‘Selfie’, da TVI, Cláudia Lopes mostrou um lado mais intimista, falando sobre a infância e sobre a família.

Depois de ter perdido o pai por doença, a jornalista vive agora com o receio de ver também partir a mãe.

“Neste momento, há uma coisa que me assusta muito, que é: a minha mãe tem 80 anos. Isso assusta-me horrores”, assumiu.

Para além da idade, os condicionamentos impostos pelo combate à pandemia de covid-19 vieram dificultar um pouco mais a relação, mas Cláudia Lopes nunca deixou de ir visitar a mães.

“Nos primeiros tempos, foi muito difícil, mas eu vi sempre a minha mãe. Não ver a minha mãe estava fora de questão. Eu ia a casa dela, quase todos os dias, e ficava ao portão, a vê-la”, afirmou.

Seguiu-se a “fase do neto”, continuou a jornalista.

“A minha mãe não via o meu filho há muito tempo e houve uma altura em que me disse: ‘Eu prefiro morrer de covid do que viver sem os abraços dos meus netos’”, contou Cláudia Lopes.

Entre outros temas, a jornalista falou ainda da morte do pai, vitimado por um cancro da pele.

“Foi das coisas que mais senti quando o meu pai morreu, foi perder esse tipo de rede de segurança, e dizer: ‘Espera lá, eu, agora, estou no mundo dos crescidos e não tenho cá o meu pai para me amparar os golpes.’ O meu pai foi uma pessoa que nos educou com muitos e bons princípios, que eu acho que, hoje em dia, não se tem”, explicou.

“Fisicamente e em termos de feitio, sou muito parecida com o meu pai e, portanto, há toda uma identidade. Aquilo que eu sou, hoje, obviamente, devo à educação que os meus pais me deram e ao caminho que eles me proporcionaram e às escolhas que fui fazendo e que eles me foram amparando os golpes”, finalizou Cláudia Lopes.

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