Canil de Ponta Delgada abateu menos animais do que em 2015
Entre janeiro e julho de 2016, o canil municipal de Ponta Delgada, nos Açores, abateu 600 animais, ‘despejados’ pelos donos, quase todos por terem patologias. Neste período, em 2015, esse número atingia os 805. O número de animais doados é 423, o que representa um aumento significativo em relação a 2015.
Segundo dados do veterinário municipal de Ponta Delgada, Virgílio Oliveira, entre janeiro e julho de 2016 foram abatidos 601 animais sem potencial de adoção.
O número ainda é assustador, mas há uma quebra em relação a 2015, período durante o qual foram abatidos mais de 800 animais.
Ainda em comparação com 2015, em igual período, verifica-se, por outro lado, um crescimento no que diz respeito a doação de animais: 423, mais 227 do que há um ano.
“Os números estão este ano ligeiramente melhores do que os do ano passado. Entre entregas e abandonos, entraram menos 100 animais e foram abatidos menos 200”, salientou o médico-veterinário, em declarações reproduzidas pelo Açoriano Oriental.
Refira-se que a Câmara de Ponta Delgada tem em mãos um projeto que pretende eliminar o número de abates no seu canil, até 2017.
Porém, este projeto ambicioso de um ‘canil de abate zero’ necessita de responsabilizar quem abandona animais.
“É preciso responsabilizar os que abandonam e que entregam os animais nos canis, porque muitos dos autos de notícia são levantados e as coimas prescrevem. Ou seja, levantam-se muitos autos de notícia e depois as coimas não são aplicadas”, sustentou.
Estes dados resultam de diversas críticas que surgiram nas redes sociais, segundo as quais a autarquia comete “chacinas” no seu canil.
Num comunicado, a Câmara Municipal promete agir criminalmente contra as pessoas que “difamaram o bom nome da autarquia”, ao chamar “assassinos” aos responsáveis do canil.