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Um homem morreu ao esperar três horas por vaga em hospital com neurocirurgia

Um homem de 75 anos sofreu uma rutura de aneurisma e esteve três horas à espera de uma vaga. Foi transportado do Hospital de Abrantes para o São José, em Lisboa, onde morreu antes de chegar ao bloco operatório.

Este foi o segundo caso em meio ano de uma morte que ocorre por alegada falta de vaga num hospital com neurocirurgia. O anterior foi o de David Duarte, que faleceu no Hospital de São José depois de um fim de semana (tinha dado entrada a 11 de dezembro e faleceu a 14), no final do ano passado.

Ontem, um doente com um aneurisma deu entrada no hospital de Abrantes, por volta das 10h00, com uma hemorragia cerebral.

Os médicos, face à gravidade do caso, tentaram transferir o paciente para um hospital com serviço de neurocirurgia.

Uma fonte do Centro Hospitalar Médio Tejo, citada sem identificação pela TVI, avançou que o pedido feito através do INEM não gerou qualquer resposta positiva, o que levou os médicos de Abrantes a entrarem em contacto directo com o Hospital de São José.

Passada uma hora, surgiu a resposta positiva, com o helicóptero a chegar a Abrantes por volta das 12h30, cerca de três horas depois do doente ter dado entrada.

Numa nota enviada à imprensa, o CODU do INEM esclareceu que “o transporte para Lisboa foi iniciado às 13h18, sendo o doente entregue na unidade hospitalar de destino às 14h05”.

O homem morreu no São José ao sofrer uma segunda paragem respiratória, ainda antes de entrar no bloco operatório: já tinha sofrido uma paragem durante o transporte, revertida pela tripulação.

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