Relatório da Euler Hermes aponta aumento de 25 por cento nas falências de empresas em Portugal, em 2012, comparativamente com o ano passado. A confirmar-se este cenário, Portugal assinala o maior crescimento de insolvências da Europa.
O cenário económico continua a ser adverso, sendo que em 2012 deverá verificar-se um aumento de falências de empresas em Portugal, na ordem dos 25 por cento, de acordo com um relatório da Euler Hermes, tornado público nesta segunda-feira.
Se estas previsões se confirmarem, Portugal não escapa ao maior crescimento de falências da Europa, em parceria com Grécia, onde a economia enfrenta graves problemas, sendo que os helénicos somam uma crise política à económica.
O problema das insolvências de empresas afeta, sobretudo, os países da periferia da Europa, que estão a atravessar um período de recessão. Espanha teve registar um aumento de falências na ordem dos 20 por cento, enquanto a Itália deverá ter mais 17 por cento de empresas a encerrar as portas.
Bem mais ténues são os efeitos da crise em França, onde se verificará, de acordo com o relatório da Euler Hermes, um aumento ligeiro de 3,5 por cento. Na Bélgica, deverá haver mais 10 por cento de empresas com portas a fechar, sendo que na Alemanha se assinala uma tendência inversa.
Com a economia a crescer (três por cento em 2011 e 0,6 por cento no primeiro trimestre do ano), é provável que haja menos dois por cento de empresas a fechar, em solo germânico.
Ainda mais significativa será a quebra de insolvências nos EUA, com menos 10 por cento, em comparação com o ano passado.
Num paralelo entre as falências na Europa e no mundo, e segundo o relatório da Euler Hermes, verifica-se que no velho continente houve um acréscimo de sete pontos percentuais de empresas insolventes, em 2011, enquanto no resto do mundo se assinalou uma descida de quatro por cento.