Um SC Braga que até foi melhor que a época passada, no futebol jogado, não foi mesmo assim suficiente para afastar o Besiktas de Carvalhal e todos os outros portugueses. Golo de Lima deu esperança mas minhotos pecaram pela finalização.

Leonardo Jardim e os seus ‘guerreiros’ chegavam à Turquia com missão difícil, mas a alcunha dada aos jogadores do SC Braga tem um propósito, lutando muito era impossível, e afinal o Besiktas não era uma equipa do outro mundo, pelo contrário, era bem deste planeta à beira-mar plantado. Ao todo são seis os jogadores portugueses: Ricardo Quaresma, Simão, Manuel Fernandes, Hugo Almeida, Bébé e Júlio Alves. No 11 inicial de Carvalhal apenas os três primeiros, o treinador português prescindiu de um ponta de lança para apostar claramente no contra-ataque.

O Braga superou-se, a desvantagem de dois golos da primeira-mão no AXA assim o obrigava. Com um futebol de puro ataque foi para cima, moeu a defesa adversária e conseguiu mesmo chegar ao golo relativamente cedo. Após boa jogada de Alan na direita, Lima aparece na pequena área a desviar para o primeiro. Estávamos com 18 minutos de jogo e com tanto para jogar ainda.

O Besiktas foi apostando sempre no contra golpe. A entrada de Hugo Almeida aos 33 minutos fez bem ver que a tática do autocarro para a equipa turca iria dar provavelmente no segundo do Braga, tamanha era a pressão exercida pelos homens de Leonardo Jardim. Carvalhal percebeu e alterou.

Até final as ocasiões dividiram-se. Ora o Braga mandava mais uma bola para fora, ora a rapidez de Quaresma e Simão fazia estragos no contra-ataque.

O Braga tentou de tudo, a meia distância, as trocas posicionais dos avançados, até o ‘chuveirinho’, mas não era noite do Minho. A vitória no final do encontro reconforta os jogadores, que saem com sabor amargo de um Inonu Stadium que só respirou após o apito final.

Os ‘guerreiros’ vêm assim fugir o sonho de repetir a final do ano passado. O Besiktas segue para os oitavos onde vai encontrar o Atlético de Madrid.