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Erro do capitão provocou naufrágio, indica proprietário do cruzeiro

cruzeiro_afundadoO acidente no Mediterrâneo deve-se a “erro humano” do comandante Francesco Schettino, segundo refere Pier Luigi Foschi, responsável máximo da Costa Cruzeiros, empresa proprietária do navio. As buscas na costa de Itália foram suspensas devido ao agravamento das condições do mar, com forte ondulação. Permanecem desaparecidas 16 pessoas.

Empresa proprietária navio Costa Concordia lamenta as “graves consequências” do acidente e aponta um culpado: “erro humano do comandante”. O comandante Francesco Schettino é acusado de uma manobra arriscada, que provocou o acidente. Em conferência de imprensa, o responsável pela empresa proprietária do cruzeiro, Pier Luigi Foschi, revela que “o comandante cometeu erros de julgamento”, com “graves consequências”.

Foi feita “uma manobra inapropriada e não autorizada, de aproximação à costa, com saída da costa pré-definida”. Pier Luigi Foschi não escondeu a emoção, nesta conferência de Imprensa.

O capitão está detido desde sábado, mas a empresa promete todo o apoio jurídico. Apesar de negar a acusação (além de outra, que o culpa de abandonar a embarcação sem prestar auxílio), certo é que vai responder pelo crime de homicídio por negligência.

Entretanto, as equipas de resgate acabam de encontrar o corpo da sexta vítima: um homem que tinha o salva-vidas vestido. Segundo os bombeiros, é um homem que se encontrava com o salva-vidas, cuja nacionalidade ainda não era conhecida.

As autoridades estavam a percorrer todas as áreas do navio, com a esperança de encontrar pessoas a pedir socorro. São centenas de salas que estão a ser varridas. No entanto, as equipas de busca tiveram de fazer uma pausa nas buscas. Prevê-se mau tempo para esta segunda-feira, o que vai afetar as operações.

O número de desaparecidos foi recentemente atualizado, em virtude do facto de duas mulheres, que estavam na lista de resgatados, não terem sido encontradas pelos familiares. Surgem dúvidas sobre o seu salvamento.

O acidente ocorreu na passada sexta-feira. O Costa Concordia transportava mais de 4000 pessoas, quando embateu numa rocha, junto à ilha de Giglio, que rasgou o casco do navio. Em barcos e a nado, quase todos os passageiros e elementos da tripulação conseguiram escapar.

As autoridades têm pouca esperança em encontrar vidas, nesta altura. Já passaram mais de 48 horas desde o acidente e as probabilidades de encontrar sobreviventes vão diminuindo.

As cerca de 2,3 toneladas de combustível que estão no navio não suscitam preocupação, para já. No entanto, não fica ainda definitivamente afastada a possibilidade de um desastre ambiental. A extração do combustível vai começar nas próximas horas.

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