Motociclismo

Paulo Gonçalves no ‘Dakar’ com o objetivo de “lutar pelas primeiras posições”

Paulo Gonçalves enfrenta pela primeira vez o Rali Dakar ao serviço da Hero Motorsports. Um desafio a que junta a estreia na prova na Arábia Saudita.

São muitas novidades para ‘Speedy’, que é um dos poucos pilotos que podem dizer que já disputaram o ‘Dakar’ em África, na América do Sul e, agora, no Médio Oriente.

Aos 40 anos o piloto de Esposende possui uma vasta experiência da prova ‘rainha’ do todo-o-terreno mundial, onde alinhou pela primeira vez em 2006, tendo alcançado quatro top dez, com o seu melhor resultado a ser ainda a segunda posição conseguida em 2015 atrás de Marc Coma, o espanhol que enfrenta agora o evento como navegador do estreante Fernando Alonso.

Para trás Paulo Gonçalves deixa cinco anos com a equipa oficial da Honda e também um título mundial de Ralis da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) em 2013, ciente de que na Hero vai encontrar um desafio mas também ‘aliados’ como o seu compatriota e amigo – o seu cunhado Joaquim Rodrigues Jr.

Apesar de nos últimos anos o veterano piloto de Esposende não ter sido muito feliz no ‘Dakar’, com destaque para o abandono antes da edição de 2018 com lesões num joelho e num ombro, enquanto que na última edição sofreu uma queda na quinta etapa, agora, nesta sua 13ª participação na prova quer que tudo seja diferente.

“É ótimo fazer parte da história, dos três capítulos do Dakar. Corri duas vezes em África, 11 vezes na América do Sul e agora na Arábia Saudita. Será uma grande experiência certamente”, começa por dizer ‘Speedy’ Gonçalves.

Para o veterano ‘motard’ minhoto a vantagem de ir ao Médio Oriente é o facto de ser território desconhecido para praticamente todos os participantes: “Acho que 98% dos pilotos nunca lá correu antes. Por isso é um grande desafio para todos. Também é um novo capítulo para mim, depois de cinco temporadas incríveis com a Honda. Venci muitas corridas e conquistei o título mundial”.

Paulo não esquece o passado e o segundo lugar na prova, bem como o facto de ter ganho “algumas etapas”, e mostra-se “empolgado com o novo desafio” com a Hero Motorsports. “Às vezes precisamos de fazer alterações para encontrar a motivação extra”, admite.

Ainda a conhecer os ‘cantos à casa’ na nova equipa, as primeiras experiências do piloto português com a marca indiana têm sido positivas: “Fiz apenas duas corridas mas tive muitas etapas boas. Ganhei uma em Marrocos e entrei entre os três melhores por cinco vezes no Rota da Seda. Isso é bom para se começar com uma nova equipa”.

“A Hero é como uma família. Eu conhecia o chefe há alguns anos, dos tempos da Speedbrain e da Honda, e provavelmente já conheço 80% das pessoas. Se juntar a isto o meu cunhado, posso dizer que o ambiente é perfeito, porque podemos trabalhar juntos e lutar juntos”, assevera Paulo Gonçalves.

O piloto Esposende espera que estas características ajudem a equipa a ter sucesso: “Acho que é uma combinação de muitas coisas que nos ajudarão a ter uma boa corrida. Tive mais dois meses para me adaptar à nova moto e estar pronto para lutar pelas primeiras posições. Esse é objetivo para mim e para a equipa no Dakar. Todos esperamos muita areia e dunas, mas o organizadores também devem incluir áreas montanhosas e uma navegação complicada. Vão procurar fazer algo especial para este novo capítulo do Dakar”.

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