“Sócrates teve vida de fausto, acima da ética socialista”, diz António Arnaut
O presidente honorário do PS reagiu, em declarações ao Observador, à desfiliação de José Sócrates do partido. António Arnaut salvaguarda a presunção de inocência, mas considera que os factos que lhe são imputados são “gravíssimos” e que Sócrates “viveu uma vida de fausto, acima dos padrões indissociáveis da ética socialista”.
A decisão de José Sócrates sair do PS, depois das declarações de Carlos César, foi comentada por António Arnaut.
Em declarações ao Observador, o presidente honorário do partido entende que a desfiliação já deveria ter ocorrido há mais tempo, “em face da gravidade das acusações e das críticas severas que lhe são feitas”.
Apesar de destacar a presunção de inocência e de lembrar que Sócrates ainda não foi condenado, Arnaut critica um facto: a vida de ostentação do antigo primeiro-ministro.
“José Sócrates levou uma vida acima das suas possibilidades, uma vida de fausto, acima daqueles que são os padrões indissociáveis da ética republicana e socialista”, criticou.
“Para mim a honra é muito importante “, salienta ainda.
António Arnaut também comentou as suspeitas de que o antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, tenha recebido verbas de um grupo privado enquanto exercia funções públicas.
Se for provado, é “gravíssimo”, considera.