António José Seguro refere que o PS, apesar de ir votar contra o Orçamento, não assumirá a culpa se o Governo cair. “Se houver rutura”, defendeu o secretário-geral socialista, na entrevista à RTP, a mesma será da “exclusiva responsabilidade” do PSD e do CDS.
O lugar do PS é na oposição e, como tal, o partido liderado por António José Seguro vai votar contra o Orçamento de Estado para 2013. Se dessa decisão resultar a queda do Governo, não poderão ser assacadas culpas aos socialistas, pois será da “exclusiva responsabilidade” dos partidos da coligação.
“Se houver rutura” na coligação, defendeu o secretário-geral do PS, na entrevista de hoje à RTP, e daí resultar a queda do Governo, na sequência de um eventual chumbo do Orçamento de Estado, a “exclusiva responsabilidade” será apenas dos partidos que formam a atual maioria governativa.
Os eleitores “decidiram no ano passado” responsabilizar o PSD e o CDS pelo Governo do País, pelo que o PS nem aceitará ser responsabilizado por uma eventual queda do Governo, nem assumiria liderar um eventual executivo sem que “os portugueses queiram” e o expressem em eleições.
Foi precisamente para saber o que pensam os portugueses, para manter um “percurso de coerência”, que António José Seguro demorou quase uma semana a comentar as recentes medidas de austeridade anunciadas pelo Governo. “Não cedo a pressões, não me sinto pressionado por nada”, alegou, justificando a demora.
A mudança nas contribuições da Taxa Social Única, que “é imoral e inaceitável” para o secretário-geral do PS, tem sido a medida mais duramente criticada. Para Seguro, o Governo cruzou “uma linha vermelha” com essa proposta e, mesmo que a altere, o sentido de voto para o Orçamento de Estado para 2013 já está decidido: contra.