Hoje é dia

14 de abril, o Titanic embate num icebergue e naufraga

A 14 de abril assinala-se o naufrágio do Titanic, que provocou mais de 1500 mortos. O transatlântico inglês vê interrompida a viagem rumo a Nova Iorque, embatendo num icebergue quatro dias após ter partido do porto de Southampton.

Em 2012, cumpriu-se o 100.º aniversário do naufrágio do RMS Titanic, que embateu num icebergue no dia 14 de abril, no Oceano Atlântico, afundando 2h40 mais tarde, na madrugada do dia seguinte.

Ao longo de um século, a história do naufrágio do navio mereceu uma exaustiva análise, sendo que uma cadeia de eventos provocou o acidente, numa noite de diversos comportamentos negligentes, mas sem que se possa apontar um responsável.

O inafundável Titanic deixara o porto de Southampton (Inglaterra), rumo a Nova Iorque (EUA), a 10 de abril de 1912, com o Capitão Edward J. Smith no comando do navio, numa viagem que terminaria quatro dias depois. O naufrágio do Titanic provocou a morte de 1523 pessoas, de um total de 2240 que seguiam a bordo.

O Titanic foi construído em Belfast, Irlanda do Norte, para competir com os navios Lusitânia e Mauritânia, da empresa rival Cunard Line. E superou todos os rivais, no que diz respeito ao luxo e à opulência, além de diversos recursos tecnológicos avançados para a época. Estava preparado para tudo, exceto para um embate com um iceberg…

A 14 de abril, assinalam-se outros factos históricos, além do embate do RMS Titanic num gigantesco pedaço de gelo.

No ano 43 aC, no decurso da Batalha do Fórum Gallorum, Marco António cerca o assassino de Júlio César, Marcus Junius Brutus, em Mutina, e derrota as forças do cônsul Pansa, que acaba morto. No mesmo dia, mas em 193, Lucius Septimius Severus é coroado imperador de Roma.

Em 1611, pronuncia-se pela primeira vez a palavra “telescópio”, pelo príncipe Federico Cesi. E no ano de 1777, Nova Iorque – que viria anos mais tarde a ser o destino interrompido do Titanic – adota nova Constituição, como estado independente. Charles Dickens lança neste dia, em 1859, o livro ‘A Tale of Two Cities’ e Abraham Lincoln, 16.º presidente dos EUA, sofre um atentado, da autoria de John Wilkes Booth, em 1865.

Um ano mais tarde, nasce Anne Sullivan, uma educadora norte-americana célebre por ter sido a professora de Helen Keller, uma adolescente surda e cega. Sullivan, que também perdera a visão quase por completo, educou-a através do tato.

Na área da Ciência, a 14 de abril de 1902, Marie Curie e o marido, Pierre Curie, isolam o elemento Rádio, um metal altamente radioativo, e em 1903, também a 14 de abril, Harry Plotz descobre a vacina contra febre tifoide.

Na Bélgica, em 1913, tem início uma greve geral pelo direito de voto e em 1931 é declarada a República na Espanha, após renúncia do rei Afonso XIII. No ano de 1944, os primeiros judeus são transportados de Atenas para Auschwitz.

No dia em que o Titanic afundou, na União Soviética, em 1961, emite-se a primeira transmissão de televisão ao vivo, um ano antes de Georges Pompidou ser eleito Presidente da França.

O Presidente norte-americano Richard Nixon acaba com o embargo à China em 1971 e dois anos depois o diretor do FBI, Patrick Gray, renuncia ao cargo, depois de admitir que destruiu provas do escândalo Watergate.

E 14 de abril é definitivamente um dia da Ciência, já que, um século depois dos feitos do casal Curie e de Harry Plotz, 99 por cento do genoma humano foi sequenciado, pelo Projeto do Genoma Humano (com uma precisão de 99,99 pontos percentuais).

No dia do naufrágio do Titanic, nasceram D. Filipe III, rei de Espanha e Portugal (1578), Christiaan Huygens, astrónomo e matemático holandês (1629), Giuseppe Valadier, arquiteto e arqueólogo italiano (1762), Anne Sullivan, educadora de Helen Keller, adolescente surda e cega (1866), François Duvalier, médico e ex-ditador haitiano (1907), e Robert Doisneau, fotógrafo francês (1912).

Morreram a 14 de abril o Papa Sérgio III (911), Ricardo Neville, Conde de Warwick (1471), Georg Friedrich Händel, compositor alemão (1759), José Júlio Sousa Pinto, pintor português (1939), Simone de Beauvoir, escritora e filósofa francesa (1986), Miguel Reale, filósofo e jurista brasileiro (2006), e Maurice Druon, escritor francês (2009).

Em destaque

Subir