A radiação do microondas causa cancro?
A utilização do microondas pode causar cancro? Esclareça a sua dúvida
O recurso ao microondas tornou-se comum no mundo para preparar as refeições porque é prático. Mas a utilização constante do microondas tem gerado dúvidas por conta de eventuais consequências na saúde. Afinal, a radiação do microondas pode causar cancro?
Usado há várias décadas pela população mundial, algumas teorias e mitos adiantam que a radiação do microondas faz mal à saúde, podendo mesmo provocar problemas oncológicos.
Mas nenhum dos mitos merece a concordância de altas instâncias internacionais ligadas à saúde como a Organização Mundial de Saúde.
O que diz a OMS sobre comida de microondas?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) garante que “a comida cozinhada no forno de microondas é tão segura e tem a mesma quantidade de nutrientes, que a comida cozinhada num forno convencional”.
Assim, as pessoas podem estar seguras relativamente ao uso deste eletrodoméstico, levando em conta a OMS.
A mesma linha de pensamento é seguida pela a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que assegura que os microondas não tornam a comida “‘radioativa’ ou ‘contaminada'”.
Estar perto do microondas em funcionamento provoca cancro?
Outra das dúvidas que muitas pessoas têm diz respeito à possibilidade de desenvolver cancro quem está frequentemente próximo de microondas em funcionamento.
Mas também para este mito não existe correspondência científica, até porque os fabricantes de microondas desenvolvem-no com a capacidade para neutralizar as radiações no seu interior, não as deixando passar para fora.
De resto, um estudo realizado nos EUA sobre consequências do uso dos microondas verificou que a maioria dos problemas de saúde estavam relacionados com queimaduras ao tirar os alimentos do aparelho.
Um dado que refere segurança na utilização dos microondas são as regras que, por exemplo, a reputada agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos determina e que indica que um microondas não pode soltar, até cinco centrímetros, mais do que 5 miliwatts de radiação por centímetro quadrado.
Susete Estrela, engenheira alimentar, explicou na TVI, numa entrevista em abril de 2021, que os microondas são fabricados de modo a que “não exista derrame dessa radiação eletromagnética”.
Mas o estado de conservação do microondas conta e Susete Estrela diz que é importante estar atento à condição de durabilidade do aparelho.
“Se funcionar com a porta mal fechada não deve [usar o microondas] porque a radiação vai sair e não quero isso para mim. E depois em casa, uma das coisas que deveríamos perceber se as bolinhas [na porta pelo lado interior] começam a ficar degradadas.”
A engenheira alimentar explicou ainda que “os microondas não aquecem nenhuma alimento de forma uniforme”.
“Esse é o ponto fraco do microondas”, explicou Susete Estrela.

Como é que o microondas aquece a comida?
Os alimentos que são colocados no microondas são aquecidos devido ao vibrar das moléculas de água que este eletrodoméstico é capaz de executar e produz assim calor. O nome do eletrodoméstico diz tudo.
O aparelho consegue movimentar as ondas eletromagnéticas que não são ionizantes, isto é, não têm a capacidade de separar os eletrões dos átomos e assim não conseguem modificar o ADN.
Trata-se de algo importante porque assim não alteram a composição dos alimentos durante o processo de aquecimento.
Assim, é errado dizer-se que a exposição à radiação do microondas pode estar associado ao aparecimento de cancro.
Use o microondas sempre sob as indicações do fabricante
Sempre que usar este eletrodoméstico é importante, contudo, estar informado sobre as indicações que constam do manual de instruções.
Coloque apenas os alimentos nos recipientes recomendados e fique descansado pois não existe evidência científica de que os microondas possam tornar os alimentos mais cancerígenas.