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Suíços não querem receber 2250 euros por mês mesmo desempregados

Já ouviu falar do rendimento básico incondicional? Trata-se de um valor pago pelo Estado, a todos, estejam desempregados ou não. Na Suíça, foi a referendo uma proposta que previa o pagamento de 2250 euros mensais a cada adulto e cerca de 560 euros a menores de idade. Todos teriam direito àquele valor mensal. Mas 76,9 por cento dos suíços votaram contra. VEJA O VÍDEO.

Diversos governos estão a estudar a possibilidade de atribuir a todos os habitantes uma espécie de salário, um rendimento básico incondicional, que substituiria todos os apoios sociais, com a finalidade de simplificar o sistema de segurança social.

Trata-se de um valor a que qualquer pessoa tem direito, esteja empregado ou desempregado. E serve para garantir cuidados de saúde, educação, direitos previstos nas constituições e nas declarações universais.

A Suíça levou a referendo uma proposta de rendimento básico incondicional que previa o pagamento de 2250 euros mensais a cada adulto e cerca de 560 euros a menores de idade. Qual a premissa para ter este valor? Nenhuma. Apenas existir.

No entanto, três em cada quatro suíços votaram contra. Somente 23,1 por cento disseram “sim” à medida, que previa este subsídio aos adultos e crianças.

Refira-se que o governo finlandês também está a estudar a aplicação desta medida. Teriam direito a estes 800 euros mensais todos os cidadãos, empregados ou desempregados, ricos ou pobres.

A Kela (assim se chama a segurança social finlandesa) avaliou os impactos da medida e deverá tomar uma decisão em novembro de 2016.

Refira-se, por outro lado, que há alguns economistas, incluindo cinco prémios Nobel, que defendem o rendimento básico incondicional, por considerarem que o financiamento é possível e que os benefícios sociais e económicos seriam superiores.

A questão deste pagamento do estado aos cidadãos vem corrigir uma falha grave: permite cumprir a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Mas os suíços votaram em “não”. Em esmagadora maioria.

Conheça a medida, neste vídeo. E saiba que em Portugal poderá ser discutida a aplicação do rendimento básico incondicional, em breve.

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