Oskar Groening, antigo elemento das SS na Alemanha nazi, começou hoje a ser julgado por cumplicidade no assassínio de 300 mil pessoas. “Não há dúvida de que partilho uma culpa moral”, assumiu aquele que ficou famoso como o ‘contabilista de Auschwitz’, pedindo “perdão às vítimas”.
Sete décadas depois, um elemento da polícia nazi (SS) pediu “perdão às vítimas”. Há, porém, quem diga que só o fez porque está em tribunal.
Oskar Groening, que ficou para a História como o ‘contabilista de Auschwitz’, começou hoje a ser julgado por cumplicidade no assassínio de 300 mil pessoas. Se for condenado, pode ter de cumprir entre três a 15 anos de prisão.
Em causa está a atividade do então guarda das SS no campo de concentração de Auschwitz, onde foram executados 300 mil dos 425 mil judeus húngaros deportados entre maio e julho de 1944.
“Para mim, não há dúvida de que partilho uma culpa moral”, assumiu Groening, aos 93 anos de idade, durante o julgamento que decorre em Lueneburg.
Salientando que compete aos juízes decidirem “quanto à responsabilidade penal” pelo papel que desempenhou na Alemanha nazi, o antigo guarda aproveitou o julgamento para pedir “perdão às vítimas” de Auschwitz e dos outros campos de concentração e de extermínio.
Sete décadas após a página mais negra da História mundial, este poderá ser o último dos grandes processos sobre os crimes do regime nazi.
Em tribunal, mas como queixosos, estão 67 sobreviventes do Holocausto e familiares das vítimas, representados por 14 advogados.
Oskar Groening ficou famoso como o ‘contabilista de Auschwitz’ por ter como função confiscar os pertences dos detidos que entravam em Auschwitz.
Quanto ao dinheiro confiscado, era transferido para as SS, financiando a atividade de um dos principais suportes do regime nazi.
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