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Miguel Lobo: “Gosto de levar os meus desafios até ao fim”

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Miguel Lobo faz um balanço positivo da sua segunda temporada completa no automobilismo. Isto apesar de ter tido uma época complicada nas Single Seater Series, pois mostrou ser competitivo quando não teve problemas.

O campeão nacional de velocidade C3 em 2015 teve um período de adaptação aos monolugares, curto, pois rapidamente se adaptou à condução do Mygale SJ101.

“Apesar de não ter tido testes de pré-temporada, penso que me adaptei rapidamente ao Mygale SJ01, como prova os resultados na primeira ronda da temporada, em Braga, onde garanti um quarto posto na primeira corrida. Na segunda, conquistei um pódio, depois de ter recuperado de último, após um mau arranque, e de ter estado na luta pela vitória. É um carro muito exigente que demanda muita concentração e precisão, mas rapidamente consegui encontrar a forma de alcançar o seu potencial”, começa por referir o piloto de 23 anos.

“Esta era a minha segunda temporada completa no automobilismo e nunca fiz karting de uma forma competitiva, portanto, o meu objetivo era aprender o máximo possível. Foi uma temporada muito difícil, com muitas contrariedades técnicas que nos impediram de tomar parte em corridas e de assegurar as classificações que estavam claramente ao nosso alcance”, sublinha Miguel Lobo.

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“È nos momentos mais difíceis que aprendemos mais e nesse aspeto posso dizer que foi uma época que me deixou mais forte e me permitiu crescer enquanto piloto. Sinto que poderia ter ficado bem classificado no campeonato, uma vez que demonstrei imediatamente um bom ritmo, mas a experiência que reuni foi muito valiosa e será muito importante para o meu futuro”, garante.

“Foi uma época complicada, com muitas adversidades, que nos causaram muitos problemas. Mas julgo que ainda assim, houve aspectos positivos. A forma como cheguei a Braga, sem qualquer teste, e fui imediatamente competitivo deixou-me muito satisfeito e reforçou a minha confiança”, destaca Miguel Lobo.

“No Estoril senti também que estava muito forte e a recuperar muito bem. Por outro lado, as dificuldades tornaram-me mais forte como piloto, portanto, considero estes dois aspectos de 2016 positivos. Mas a minha estreia com um carro de ralis foi o momento mais alto da minha época. Adaptei-me muito bem ao Ford Fiesta R5 e ao longo do Motorshow Porto estive muito confortável. Foi um fim-de-semana diferente e muito interessante, que aguçou ainda mais o meu apetite pelos ralis”, reconhece.

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Mas Miguel Lobo gostaria que outras coisas não tivessem ficado a meio: “Penso que a forma como o projeto do CER com o Porsche 911 GT3 Cup não prosseguiu foi o momento menos positivo da minha época. Gostei muito do carro e fui competitivo desde o início, penso que poderia alcançar resultados muito interessantes. No entanto, sem que eu tivesse contribuído em nada para isso, o projeto acabou por não ir avante devido a problemas que me foram alheios”.

Para o futuro o jovem piloto espera continuar a competir nas Single Seater Series: “Estamos a analisar as propostas que temos sobre a mesa e tomarei uma decisão depois de ouvir os meus patrocinadores. Gostava também de realizar uma ou duas provas de âmbito internacional, mas para isso tenho que fortalecer o meu budget e é nisso que estamos a trabalhar agora”.

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