Hugo Soares critica “desrespeito institucional grave” no PSD
Ao segundo dia efetivo de presidência, Rui Rio enfrenta a primeira crise interna. Hoje há reunião da Comissão Política Nacional do PSD e ‘esqueceram-se’ de convidar Hugo Soares, o (ainda) presidente do grupo parlamentar.
O deputado tentou evitar a polémica, afirmando primeiro que “não sabia que havia reunião da comissão política”.
Mas há, a partir das 17h00, e o líder da bancada parlamentar, cujo cargo garante a presença na Comissão Política, não foi convidado.
“A acontecer, creio que não será verdade, mas a acontecer, creio que se trata de um desrespeito institucional grave para com o grupo parlamentar”, afirmou Hugo Soares, sobre o que vai “acontecer” a partir das 17h00.
“Creio que não deve haver nenhuma reunião porque eu não fui convocado”, insistiu o líder da bancada parlamentar do PSD.
A reunião da Comissão Política do PSD começa uma hora após a conferência de líderes parlamentares, no Parlamento.
Hugo Soares renunciou à liderança da bancada parlamentar social-democrata, mas o sucessor só será eleito na próxima quinta-feira.
Fernando Negrão é o único candidato à sucessão.
A Comissão Política que saiu do 37.º Congresso Nacional do PSD é composta pelos vice-presidentes David Justino, Elina Fraga, Isabel Meirelles, Manuel Castro Almeida, Nuno Morais Sarmento e Salvador Malheiro e pelos vogais André Coelho Lima, António Carvalho Martins, António Topa, António Maló de Abreu, Cláudia André, João Cunha e Silva, Manuel Pinto Teixeira, Maria da Graça Carvalho, Ofélia Ramos e Rui Rocha.
Feliciano Barreiras Duarte, o novo secretário-geral, também tem lugar por inerência, tal como os presidentes das comissões políticas regionais dos Açores e da Madeira, o presidente e um dirigente nacional da Juventude Social-Democrata, o secretário-geral dos Trabalhadores Sociais-Democratas e o presidente dos Autarcas Sociais-Democratas.
A nova Comissão Política do PSD foi eleita no último dia do Congresso (domingo) com 64,7 por cento dos votos.
Desde que há diretas, só a direção de Luís Filipe Menezes teve uma votação inferior, com 61,8 por cento dos votos em 2007.