Mundo

Criticou atendimento num salão de chá e foi arrasada pelo patrão

Chavena_Cha_9Uma má experiência num café de York deu origem a uma queixa da cliente, que desabafou no Trip Advisor. A resposta do patrão, no entanto, foi arrasadora e tornou-se viral nas redes sociais.

Conheça esta história, que vai com certeza levá-lo a pensar duas vezes antes de fazer uma queixa.

Hannah decidiu beber um chá de limão e escolheu o o Bennett Café e Bistrô, em York, no Reino Unido.

A experiência não correu da melhor forma, o que levou a britânica a queixar-se, no Trip Advisor. Afinal de contas, pagar mais de 2,5 euros por uma caneca de água com limão era um “roubo”, segundo a cliente.

A queixa:

“Este lugar é horrível. Fui tomar um chá com alguns amigos e tinha pouco dinheiro. Pedi água quente com uma rodela de limão. Em primeiro lugar, a água não chegou com o bolo e a bebida dos meus amigos. Depois, cobraram-me duas libras pela água quente e por uma fina rodela de limão”, começa por escrever.

Hannah perguntou por que razão estavam a cobrar uma quantia tão alta por um pouco de água e um pedaço de limão. A resposta foi desagradável e, segundo a cliente, falsa.

“Lugar horrível. Não o recomendo, e o empregado de mesa mal-educado que me atendeu deveria ser despedido. Não voltarei e aconselharei os meus amigos e familiares a não irem lá”, concluiu Hannah.

O ‘problema’ é que o dono do salão de chá decidiu responder à cliente. E foi a resposta que se tornou viral.

Jay Rayner, proprietário do Bennett Café e Bistrô, lamentou que a cliente se “tenha sentido explorada”. Mas não deixou de lhe dar uma explicação e de justificar as razões daqueles preços.

“Você entrou no café, e o empregado indicou-lhe um lugar para se sentar. Entregou um cardápio, esperou e anotou o seu pedido. Regresou e pegou na xícara, prato e numa colher e levou-os à cozinha. Depois, pegou numa faca, numa tábua e num limão. Cortou uma fatia e colocou na xícara. Regressou ao salão, aqueceu a água e levou-a até si”, conta.

Mas não é tudo. O atendimento estava longe do fim.

“Quando você ia embora, ele imprimiu a sua conta, entregou-lha e processou o pagamento com cartão de crédito. Fez a cobrança fora da caixa. Você foi embora, certo? Mas ele teve de limpar a mesa. Pegou na xícara, no prato e na colher, levando tudo até à cozinha. Lavou e secou a loiça, a tábua e a faca. Regressou ao salão e deixou tudo pronto para o próximo cliente. Precisou, para isto, de dois a três munutos de trabalho”.

Jay Rayner prossegue:

“O custo dos gastos gerais da empresa, desde o aluguer, às taxas e impostos, aos custos de eletricidade, gastos bancários, entre outros, rondam  25,50 libras (cerca de 30 euros). Eu pago aos meus colegas um salário digno e decente. Pago férias, seguro, e o tempo produtivo antes de abertura e depois do fechamento do espaço”.

É tudo? Não.

“O empregado que a serviu custa-me 12,50 libras (mais de 15 euros) por hora. Portanto, ao todo, o custo é de 40 libras (mais de 50 euros) por hora. O que significa que o custo de proporcionar o serviço de dois a três minutos ronda 1,34 a duas libras”.

E será tudo? Ainda não.

“Depois tenho o governo, que me cobra 20 por cento de impostos, o que faz com que uma chávena com água e limão custe entre 1,60 e 2,40 libras. Tenho de pagar a fornecedores, caso contrário as instalações não estarão disponíveis para outras pessoas. Concordo que tudo faz com que o preço de uma chávena de chá no centro da cidade seja caro, comparado ao que você faz em casa. Mas, infelizmente, esta é a cruel realidade da vida. Na verdade, são as instalações que custam dinheiro, muito mais do que os ingredientes”.

E a terminar, a questão da má-educação.

“Talvez, a má-educação que você recebeu de mim tenha sido provocada pela falta de respeito que eu recebi de si, por presumir que poderia usar as nossas instalações gratuitamente e ser atendida sem pagar”.

Da próxima vez que reclamar um preço de um serviço, lembre-se desta história.

Em destaque

Subir