Nas Notícias

CDS a governar só com “eleições direias à direita”, avisa Anacoreta Correia

Anacoreta Correia, crítico assumido de Portas, esvaziou a intenção do CDS em liderar um Governo. “Poderá não ser já nas próximas eleições”, mas apenas depois de “umas diretas à direita”.

Completamente rendido a Assunção Cristas, Filipe Anacoreta Correia procurou, com uma entrevista ao I, esvaziar a pressão que se tem abatido sobre o CDS desde que o partido declarou publicamente que aspira a liderar um executivo.

Para que tal aconteça, terá de ocorrer uma inversão de papéis. Em vez do CDS ser a habitual ‘muleta’ do PSD, terá de ser o partido mais votado à direita, considerou.

Os centristas aspiram a ter a maioria dos “116 deputados” necessários à formação de Governo, mas esse “contributo” terá de ser atingido “com prudência e com os pés assentes na terra”.

“Quando o CDS diz que aspira a liderar um Governo, poderá não ser já nas próximas eleições. Serão umas eleições diretas à direita”, esclareceu Anacoreta Correia.

“Com o afastamento do voto útil, o que nós temos já não é a pressão para votar no primeiro, mas para votar no melhor dos dois” partidos à direita, PSD e CDS, complementou.

Até há um aviso histórico, lembrou o deputado: “o tempo de maior euforia” dos centristas coincidiu com a queda de 42 para 30 e depois para 22 deputados.

“O momento de grande euforia deu depois em algo que não foi de encontro às expectativas criadas”, reconheceu.

Crítico assumido de Paulo Portas, Filipe Anacoreta Correia passou a ser fã da sucessora, Assunção Cristas, em especial depois do congresso da “consagração”.

“Se recuarmos dois anos, havia muita gente a dizer que o partido ia desaparecer, que não se ia aguentar”, recordou.

“Vejo o facto de a Assunção Cristas contar com pessoas que antes criticavam Paulo Portas, como é o meu caso, como um sinal dessa abertura. Há uma capacidade de somar mais do que se subtrai”, elogiou Anacoreta Correia.

Em destaque

Subir