A bolsa nova-iorquina fechou hoje com os seus principais índices a encerrarem em níveis inéditos, graças ao entusiasmo dos investidores com a perspetiva de verem as taxas de juro descerem no final do mês.
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,90 por cento, para os 27.332,03 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq valorizou 0,59 por cento, para as 8.244,14 unidades, e o alargado S&P500 progrediu 0,46 por cento, para os 3.013,77 pontos, fechando pela primeira vez acima dos três mil.
“O otimismo continua vivo sobre as baixas das taxas de juro e parece que uma certa esperança se materializou nos mercados a propósito da época (de divulgação) dos resultados que se aproxima”, afirmou Jack Ablin, da Cresset Wealth Advisors.
Depois de alguns resultados trimestrais divulgados esta semana, os investidores vão entrar a sério neste tema na próxima semana, designadamente com a divulgação das contas dos grandes bancos dos EUA, como JPMorgan Chase, que hoje fechou a ganhar 1,05 por cento, Goldman Sachs (1,23 por cento) e Wells Fargo (0,47 por cento).
Mas hoje ainda foi a política monetária que eletrizou os investidores, como aliás desde há várias sessões.
Os índices beneficiaram durante a segunda metade da semana das duas intervenções do presidente do banco central norte-americano no congresso, ocorridas na quarta e quinta-feira.
A três semanas, de uma reunião da Reserva Federal (Fed), os intervenientes no mercado concordaram na interpretação das palavras de Jerome Powell, escolhidas como os banqueiros centrais o fazem, como reunindo todos os ingredientes necessários a uma descida iminente das taxas de juro.
Powell apontou as “inquietações com a fraqueza do crescimento mundial” e as “incertezas sobre as tensões comerciais” que podem “!ter um impacto sobre a economia norte-americana”.
A descida das taxas de juro permite aos diferentes atores económicos – investidores, empresas e famílias – que acedam mais facilmente a recursos financeiros.
Graças à política de taxas baixas no período pós crise financeira de 2008, o mercado bolsista tem sido um dos principais beneficiários da abundância de capital.
“O apetite dos investidores pelas taxas baixas é insaciável. A questão é agora a de saber se a época dos resultados vai ganhar tração de forma durável ou não”, analisou Jack Ablin.